Reaberto em 2015, com a mesma Gerência

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Sevilha

Existem cidades marcantes. Umas mais do que outras, é certo. Sevilha é uma delas. O que é que se pode dizer de uma cidade onde permaneci pouco mais de 15 horas? Como é que uma urbe se agarra assim, epidermicamente, quando o tempo de permanência é tão curto?
Boas perguntas. Pode ser que o texto que se segue consiga responder a ambas. Primeiro ponto, e aquele que ainda hoje me assalta a memória, mal se pronuncia o nome da cidade espanhola. Calor. É o que mais me recordo de Sevilha. Um calor brutal. Diabólico. Como se saido das profundezas do inferno. Parece melodramático, eu sei, mas não tem ponta de exagero. Imagine-se, caro leitor, numa cidade, às 9.30 da manhã, com uma temperatura a rondar, já a essa hora matinal, os 33º graus. Convêm aqui elucidar o motivo da visita. Não foi turismo, se bem que ele também esteve presente. Foi por motivos "religiosos". A final da Taça UEFA, entre o Porto e o Celtic.
Como dizia, se às 9,30 da manhã, acabadinho de desembarcar do avião proveniente da Invicta, o calor já derretia, daí para a frente, com a marcha inexorável do relógio, a temperatura foi aumentando. Até níveis bem próximos da loucura. Por isso, ataviado de uns calções, munido de uma garrafa de água - que se revelou parca opção - e transpirando em bica, tinha apenas duas opções: ou me refugiava num paraíso qualquer onde o ar condicionado me aliviasse, ou aproveitava o tempo disponível - até às 16 horas - para conhecer um pouco da cidade. Optei pela segunda.
Como rapazinho organizado que me orgulho de ser, tinha já, anteriormente, feito um percurso que me permitisse ver o máximo da cidade, no menor tempo possível. De Sevilha conhecia o óbvio. Cidade do flamenco e da tourada, com reputação de boémia pela horda de estudantes que aí habitam, é também uma cidade profundamente religiosa, onde o apego da fé se nota em alguns edifícios e nos seus bairros mais populares. Assim, guardado na mochila que levava a tiracolo, o percurso contemplava a visita à Catedral e Giralda, aos Alcáceres Reais, à Praça de Espanha e ao rio, parte indelével da cidade, o Guadalquivir.

Não é difícil, ao viajarmos pela cidade, testemunhar a antiguidade de Sevilha, patente nos edifícios e monumentos que, nos seus diversos estilos arquitectónicos - gótico, renascentista, clássico e modernista - lhe conferem um carisma, comum apenas às cidades com história.




"Façamos uma obra tão grande que quando a vejam nos tomem por loucos!"
Foi esta a ordem eclesiástica que deu origem à monumental Catedral de Sevilha, erguida no centro histórico, junto à judiaria (Bairro de Santa Cruz). Assombrosa no exterior pelas suas dimensões e profusão de detalhes esculpidos em pedra, esta catedral é a terceira maior do mundo, apenas suplantada pela Basílica de São Pedro, em Roma, e Saint Paul de Londres. Em estilo gótico, foi construída em 1401, sob a direcção do arquitecto Alonso Martínez, onde se encontrava um templo árabe. Neste edifício todas as medidas pecam por excesso. A título de exemplo: as cinco naves interiores são cobertas por setenta abóbadas, a custódia - obra máxima do renascimento espanhol - pesa trezentos quilos e o altar principal exibe mais de mil figuras representativas de diferentes cenas da vida de Cristo. O órgão - impressionante - possui 6700 tubos e pode ser ouvido todos osdomingos na missa das 9 e 30 h. A torre da Catedral, a Giralda, imagem indissociável de Sevilha, era o antigo minarete do templo muçulmano original. No século XVI foi-lhe acrescentado um conjunto de sinos renascentistas, 25 no total, e coroado com uma estátua, o Giraldillo, símbolo do triunfo da fé cristã. Com 93 metros de altura, permite contemplar toda a cidade a quem tenha coragem de subir 35 rampas a pique. Mas vale o esforço, pois da que foi um dia a torre mais alta do mundo, sentimos, por uma vez na vida, Sevilha aos nossos pés.
Em seguida não temos como resistir a mais uma visita, desta vez à maravilha arquitectónica vizinha - os Alcáceres Reais. Designam-se no plural, pois abrigam um conjunto de palácios, que vão desde o alcácer original, morada dos reis árabes, às adições efectuadas pelo rei D. Pedro I, no século XIV, e posteriores obras de restauro e ampliações. São resultado do esforço milenar de várias gerações de governantes em reescrever a história da sua cidade. Representam, por isso, na perfeição a arquitectura civil sevilhana: conjugam os elementos decorativos muçulmanos com outros góticos, renascentistas e barrocos, onde os pátios floridos - de origem romana - alegram os interiores e os jardins perfumados no exterior, convidam a passeios e leituras prolongadas.

Depois disto, destilando água por todos os poros, abanei a bandeira branca da rendição. Sevilha é interessante, tem história, monumentos fabulosos, uma arquitectura que merece ser vista mas...o calor venceu! Às 13 da tarde, os termómetros mostravam, implacáveis: 42º graus. "Bolas", pensei, "vamos para o paraíso". Este estava ali mesmo à mão e de portas bem franqueadas: um moderno e climatizado shopping. "Ufaaaa", o meu suspiro de alívio deve ter sido ouvido à distância...

ps: Ah, não acrescenta nada à história, mas trouxemos a Taça:)

Informações úteis

Indicativo: 0034 e 95 (para Sevilha).
Moeda: euro.
Horários do comérico: os bancos estão abertos normalmente entre as 9 e as 14h00 aos dias de semana e aos sábados entre as 9 e as 13h00. O comércio pratica outros horários: 9h30-14h00 e 17h00-20h00
Diferença horária: mais uma hora do que em Portugal
Segurança: Não sendo uma cidade particularmente perigosa, não convém deixar valores dentro dos automóveis, frequentemente assaltados. Também é prudente não circular com muitos bens e, durante a noite em locais desertos, é preferível apanhar um táxi. As tarifas são semelhantes às praticadas em Portugal, mas pergunte os preços médios de cada "corrida" antes de entrar. No centro histórico é muito comum que mulheres ciganas se aproximem com rosmaninho na mão na tentativa de lhe ler a sina a troco de dinheiro. Não aceitam qualquer tipo de gorjeta (regateiam por somas avultadas), pelo que é melhor afastar-se. O truque é nem olhar.
Moradas e telefones úteis: Consulado de Portugal, Av. del Cid, tel. 954231150; Centro de Informação de Sevilha, c/Arjona, 28, tel. 902194897; Posto de Turismo, Paseo de las Delicias, 9, tel. 954501001; Teletáxis, tel. 954622222; Polícia Local, tel. 092; Urgências, tel. 061.
Transportes: No centro deve circular a pé, pois é a melhor forma de apreciar a cidade. Mas, para distâncias mais longas pode apanhar os transportes urbanos. O bilhete individual para uma viagem custa 90 cêntimos, o passe de um dia € 3 euros e o de três dias € 7. As estações principais estão situadas no Prado de San Sebastián e Plaza de Armas. Se preferir um passeio de coche, deve dirigir-se junto à Catedral, Pç. de Espanha, Torre del Oro, Pç. del Triunfo e Pç. Virgen de los Reyes. Uma hora custa cerca de € 30.
Onde e o que comer
A gastronomia sevilhana é tão diversificada quanto saborosa. Dos pratos mais populares constam o gaspacho, o peixe frito, ovos à flamenca, espinafres com grão, escabeche de peixe com azeite, ovas, os presuntos e outros enchidos, cozido andaluz e o rabo de boi estufado. Na doçaria destacam-se as gemas de San Leandro, que podem ser compradas nos conventos da cidade (experimente na Plaza San Ildefonso) e as rabanadas. Os vinhos da zona são o Jerez, manzanilla e montilla.As refeições são tomadas mais tarde que em Portugal, aqui o prazer da mesa é prolongado: tem início com o ritual das tapas às 12h00, ao qual se segue o almoço pelas 14h00 e à noite tudo se repete às 20h00, pelo que os restaurantes estão vazios antes das 22h. Pode ir petiscar tapas em qualquer das esplanadas da Santa Maria la Blanca e da Leviés, no Bairro de Santa Cruz, pelo ambiente. No Las Terezas (Jiménez de Enciso, 1) e Giralda (Mateo Gago), no mesmo bairro, pela tradição. Nos bares de Triana ao longo do rio pelas vistas e qualidade do peixe frito. No Siglo XVIII (Plaza de San Ana, Triana) pelo espírito cigano. Na Flor de Toranzo (Gamazo, 7) para desfrutar do ambiente do Arenal. São apenas sugestões que não invalidam outras experiências por toda a cidade. Para almoçar ou jantar recomendam-se os tradicionais Puerta Grande (Atonia Diaz, Arenal) pela sopa de tomate e rabo de boi, o Modesto (Cano e Coto, 5, Santa Cruz) pelo marisco e a Casa Robles pelos vinhos e tudo o resto (Alvarez Quintero, 58, Centro). No Poncio (Victoria, 8, Triana) a dourada ao sal é sempre fresca e no Patio San Eloy (Castelar 1, Centro) os petiscos tentadores.
Onde ficar
Em Sevilha a oferta é considerável, embora por épocas mais festivas seja preferível marcar o alojamento com bastante antecedência. O Hotel Los Seises (Segovias, 6 Santa Cruz, 954229495), a Casa Imperial (Imperial, 29, Santa Cruz, 954500330) e oAC de Sevilha (Av. Manuel Siurot, 25, 954230505) são os mais trendy; Las Casa de La Juderia (Plaza Santa Maria de La Blanca, 954415150) e o Hotel Doña Maria (Don Remondo, 19, Santa Cruz, 954224990) os mais charmosos. Se procura ambientes de luxo então o Hotel Alfonso XIII (San Fernando, 2, Centro, 95491 7000) é o mais indicado. Na cidade de Carmona, a cerca de 30 km de Sevilha, não pode perder a Casa de Carmona (Plaza de Lasso, 1, tel. 954 144 151; fax: 954 190 189; www.casadecarmona.com), uma casa-palácio convertida em hotel de luxo, com ambiente e decoração muito próximas do típico palacete andaluz, com apenas 33 quartos (todos eles com uma personalidade própria) e magníficos jardins.
Espectáculos de flamenco
As raízes desta música e dança estão perdidas entre a cultura hindu, árabe, judia, grega e castelhana. Mas, sem dúvida, que foram os ciganos que melhor a absorveram e preservaram. Para ver e ouvir na Casa de La Memoria (Ximénez de Enciso, 28), Los Gallos (Plaza de Santa Cruz, 11), Puerta de Tria (Castilla, 137) e Casa Anselma (Pages del Corro, 49).
Para mais informações
Turismo Espanhol, Av. Sidónio Pais, 28, 3.º Dt., 1050-215 Lisboa, Tel.: 213 541 992; www.spain.info Na Internet: www.elgiraldillo.es (toda a vida cultural da cidade e reservas para espectáculos), www.sevilla.org, www.andalunet.com e www.turismosevilla.org

segunda-feira, 23 de julho de 2007

E se nos mandasse fotos das suas férias?

Pois é, o desafio está feito. Pretendendo nós cada vez mais um blog interactivo, porque não, no meio de tantas rubricas, criar a fotografia do mês? Pareceu-me boa idéia. Todos nós, que adoramos este mundo das viagens, guardamos pedacinhos dos locais onde estivemos, numa tentativa vã de acondicionar lembranças, preservar recordações e matar saudades, sempre que nos apetece "viajar" até lá outra vez. Por isso pedimos para partilhar essa fotos com todos nós...

Será uma nova rubrica, que surgirá sempre a 25 de cada mês. O que pretendemos não é nada de significativo. Fotografias, em formato digital, enviadas para o nosso mail. De locais, paisagens, monumentos, de situações, de rostos marcantes, de tudo um pouco. A nossa única exigência, compreensível, é que as fotos tenham um mínimo de qualidade, tanto a nível de definição, como a nível técnico. Não se assuste. Não pretendemos fotos de profissionais, capazes de ombrear com as das revistas temáticas. Nada disso. Mas também não queremos uma foto das pirâmidades de Gizé, com as caras do Zé e da Maria, ou da Torre Eiffel em fundo, com a Mariana e o Pedro em plano de destaque. Isso é que tenham lá a santa paciência. Quando as enviarem, não se esqueçam - e isto é importante - da descrição do que estamos a visualizar.

Para finalizar, a selecção da foto do mês dependerá, obviamente, de mim e do Pedro. Por isso, agradecemos atempadamente a vossa boa vontade, mas, como devem calcular, nem todas poderão ser publicadas.

ps: Ah, e não devolvemos as fotos enviadas e que não sejam seleccionadas. As vencedoras terão, logicamente, a menção do nome do seu fotógrafo. A parte de edição é com o especialista do blog, o Pedro Oliveira. Agora, mãos à obra!

Para que as férias não sejam um pesadelo



O que comer lá fora

Não há nada mais frustrante do que ir de férias e ficar doente. Para desfrutar ao máximo de uma viagem, há máximas alimentares a ter em conta de acordo com o ponto do globo que elegeu para visitar. A água, como vai verificar, será o seu maior aliado

Se há algo que a chegada da Primavera e do Verão evocam, com os dias cada vez mais longos e o calor a fazer-se sentir, é o desejo de começar a planear as próximas férias. A escolha do destino é sempre importante, seja para quem procura a praia do “descanso do guerreiro”, aventuras mais radicais ou até o enriquecimento cultural que qualquer viagem traduz. Com a chegada do calor começa também a época em que mais atenção é dedicada à forma física pois, seja em Portugal ou no estrangeiro, ninguém quer fazer má figura. O que muitos esquecem são os cuidados a ter com a alimentação em viagem. Assim, sempre que decidir ir passear, tente ter em conta elementos bastante simples, mas que lhe podem poupar alguns dissabores…

Férias com calor
Como é óbvio, há cuidados a ter com a alimentação que variam de acordo com a zona geográfica e com as próprias condições climatéricas. Assim, se planeia deslocar-se para países situados na América Latina, na Ásia ou na África sub-sahariana, deverá ter especial atenção na prevenção de diarreias, que ocorrem frequentemente, e na prevenção da malária.Para evitar a primeira, geralmente provocada por infecções bacterianas, virais ou até parasitárias, fique atento à proveniência da água que bebe, opte sempre pela engarrafada e não se esqueça de dispensar o gelo. Também a ingestão de alimentos crus pode originar uma bela dor de barriga ou pior... Ignore-os, mesmo que lhe apeteça uma saladinha fresquinha, e deixe de lado o leite não pasteurizado, bem como todos os seus derivados. A fruta deverá ser sempre bem lavada com água engarrafada e descascada antes de ingerida. Aposte nos alimentos secos, bem cozidos ou bem assados. Por fim, para combater os efeitos do calor, faça uma refeição apimentada e beba um bom chá verde.

A malária pode ser contraída apesar de todos os cuidados, uma vez que se origina na picada de um insecto. Contudo, convém não facilitar. Assim, além de todas as medidas profilácticas (consulte o Instituto de Higiene e Medicina Tropical) e o uso de repelente e de mosquiteiros, pode ainda proteger-se bebendo um gin tónico todos os dias, uma vez que a presença de quinino nesta bebida pode ajudá-lo a evitar males maiores.

Férias a “puxar” pelo corpo
Caso decida escalar uma montanha e dedicar-se ao esforço físico, lembre-se que, tal como acontece no deserto, há que ter especial atenção à hidratação do seu corpo. Uma vez que nestas circunstâncias irá encontrar um ar mais seco, mais sol e algum vento, é natural que perca líquidos muito mais rapidamente do que nas condições que lhe são habituais. Por isso, trate de beber muito. A água engarrafada é naturalmente obrigatória, mas, se optar por aquecê-la, o corpo absorvê-la-á mais rapidamente, pelo que é aconselhável que dê preferência ao chá. A ingestão de uma sopa também é aconselhável, uma vez que proporciona a oportunidade de ingerir verduras cozinhadas e, se não for muito pastosa, ajudá-lo-á a hidratar-se. Quem se entrega a esforços físicos de longa duração deverá optar por alimentos à base de hidratos de carbono e comer frutos secos. Se vai para a Ásia escolha o arroz e a massa; na Europa pode apostar no feijão e na batata; e se, por exemplo, escolher como destino um país nos Andes ou no Magreb, não dispense o milho e as lentilhas, respectivamente.

Férias frias
Para quem está de partida para o frio, todos os cuidados para prevenir uma bela gripe serão uma ajuda preciosa. Para aumentar a sua resistência às infecções a que poderá vir a estar sujeito, aposte novamente na ingestão de muitas bebidas, desde que não sejam alcoólicas. Os sumos naturais e a ingestão de fruta ganham aqui uma especial relevância: o chá de groselha preta, por exemplo, fornece vitamina C e ajuda a aliviar as dores de garganta, que muitas vezes traduzem o início de uma infecção. Os mais corajosos devem experimentar comer alho diariamente. Tal como a maioria dos seus companheiros de viagem e de qualquer eventual lobisomem que ande a rondá-lo, não haverá gripe que o queira!

E, já agora, no avião…
Se a sua viagem é de longo curso, além dos cuidados habituais a ter no que diz respeito à adaptação do seu “relógio biológico” ao novo horário, pode suavizar o famoso jet-lag através de uma atitude alimentar muito simples antes, durante e depois de entrar no avião:

• Evite fazer refeições pesadas antes do voo.

• Beba muita água ou bebidas não alcoólicas, de modo a não se desidratar.

• Evite alimentos aos quais não está habituado.

. Leve algumas peças de fruta consigo e ingira-as ao longo do voo.

Texto de Carla Vieira e ilustrações de André Kano, na Rotas e Destinos

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Hotel Polana

Resolvi inaugurar a nova rubrica, que como já foi dito aparecerá sempre a 20 de cada mês, com um Hotel de nome mítico. Situado em Moçambique, na sua capital, o Polana, um cinco estrelas cheio de charme, ostenta de novo a aura dos seus melhores tempos. Depois de duas décadas de conflitos e dificuldades, que deixaram cicatrizes a todos os níveis, a cidade e o País recuperam gradualmente. Recuperando um posto que já foi seu, o Polana é um dos ex-libris de Lourenço Marques, voltando a ser ponto de passagem e encontro de elites.
Actualmente, o Polana divide-se entre o hotel principal e o Polana Mar, o primeiro num estilo clássico, o segundo com um estilo mais moderno e executivo, bem em cima da Baía, com uma vista arrebatadora para o índico. Situado na zona nobre da cidade, entre os bairros de Sommerschield e Polana, a 10 minutos do centro da cidade e do Aeroporto Internacional.

Importa referir que o Polana Mar, apesar de dispor dos serviços do Hotel Principal, é um quatro estrelas.



Quartos:
164 Quartos e 23 Suites com banho privado, secador de cabelo, ar condicionado, TV satélite, telefone, acesso à Internet, mini-bar (opcional). Serviço café/chá e cofre (opcional).
Características Gerais:
Constituído por 2 edifícios - Polana - situado no edifício principal e Polana Mar - situado num edifício com vista sobre o mar, possuem restaurante, salão de chá, 2 bares, campo de ténis, piscina, bowling green, ginásio, aeróbica, sauna, posto médico (diariamente até às 16h00, cabeleireiro, serviço de câmbios, centro de negócios e casino).

Serviços e lazer : Nos magníficos jardins e piscina com a vista sobre a Baía, poderá jogar xadrez na sombra da frondosa árvore-da-borracha ou, se preferir usufruir do campo de ténis, utilizar o ginásio equipado com monitores, banhos turcos e aeróbica. Como serviços adicionais encontrará casino, cabeleireiro, banco, agência de viagens, tabacaria, galeria de arte e rent-a-car. O restaurante, salão de chá e bares fazem parte dos serviços do complexo Polana. Para quem vem a negócio, 7 salas de reunião e de conferências com uma capacidade entre 6 a 300 pessoas estão ao seu dispor.

"... a piscina do hotel, o fio de coqueiros e o pôr-do-sol ... essa era a forma como o mundo se ordenava ... quando existia o paraíso”. A deixa pertence a Miguel, personagem de Lourenço Marques, o último romance de Francisco José Viegas. O paraíso refere-se à capital de Moçambique, Maputo, e a piscina e os coqueiros pertencem ao Polana, o mais emblemático dos hotéis desse país. O edifício, concebido nos anos 20 por Sir Herbert Baker, é um monumento ao esplendor da cultura europeia, na época em que a opulência ditava o bom gosto. Após 1975 entrou em declínio, tendo sido remodelado há cerca de 10 anos, dando continuidade ao seu estatuto de um dos melhores cinco estrelas do continente africano. Desde o hall, revestido a mármore, aos jardins generosos em estrelícias e coqueiros, nada é deixado ao acaso neste escaninho luxuoso, que se prepara para nova reestruturação. Curiosamente, não é apenas procurado por viajantes exigentes, mas também pelos próprios maputenses, devido à cozinha requintada e à pastelaria – o chá com scones e o cozido ao domingo são dois clássicos –, à piscina – a mais cobiçada de Maputo – e até ao ginásio. É ainda um dos lugares da cidade que são frequentados para ver e ser visto. Deixe-se tentar. Vai ver que não se arrepende...



• Hotel Polana, Av. Julius Nyerere, 1380, P.O. Box 1151 Maputo, Tel.: 00 258 1 491001/9, Fax: 00 258 1 491480; E-mail: res@polana-hotel.com.mz; http://www.polana-hotel.co.mz/. Representante do Hotel Polana em Portugal e Espanha: Reactor, Rua Rodrigues Sampaio, 19 - 5º D 1150-278 Lisboa, Tel.: 213 582 058/59. Quarto duplo a partir de € 185 dólares (pequeno-almoço incluído). No Polana Mar (uma nova ala do hotel), preços desde € 165 (suplemento p/duplo em ambos os quartos: + € 20). É o mais elegante e célebre hotel de Maputo, um ícone do país.

domingo, 15 de julho de 2007

Mundos Sonhados - Bazaruto

Aproveitando os recentes artigos sobre Moçambique, e em particular a sua capital Lourenço Marques/Maputo, resolvemos que a honra da primeira sugestão dos "Mundos Sonhados" caberia a Bazaruto, esse lugar que encarna o Eden na Terra. Terra de contrastes, Moçambique mostra-nos o melhor e o mais terrível de África. Paraísos naturais são o pano de fundo de um país que, apesar das situações de carência, é um destino turístico cada vez mais em alta.

O arquipélago de Bazaruto é constituído por cinco ilhas, ao largo da provincia de Inhambane, setecentos quilómetros a norte de Lourenço Marques. Benguerua (antiga ilha de Santo António), Magaruque, Bangué e Santa Carolina, também conhecida como Ilha Paraíso, além da própria ilha que deu o nome ao arquipélago, estiveram ligadas ao continente até há cerca de 800 mil anos. A sua fauna e flora riquíssimas, que se manteve praticamente inalterada desde a separação, levou a que fosse classificado como Parque Nacional em 1971. É actualmente supervisionado pelo World Wildlife Fund for Nature que, juntamente com a South African Nature Foundation e o Endangered Wildlife Trust, também o financia. As cerca de 180 espécies de pássaros, as seis espécies diferentes de embondeiros, os crocodilos nos lagos de água salgada e as tartarugas justificam a intervenção destas organizações ambientalistas que estão também a ajudar na preparação da candidatura do arquipélago à classificação de Património Mundial.

Rodeada de azul, a ilha de Bazaruto, apesar de selvagem, transmite uma paz sem fim. Tal como o oceano envolvente, onde apetece mergulhar até à eternidade. Existem lugares que oferecem grandes perigos ao viajante. Distintos daqueles que surgem nos cabeçalhos dos jornais ou abrem os noticiários, mas não menos fatais. Bazaruto é mesmo um dos mais ousados. O risco que se corre ao visitar essa ilha abençoada é o súbito desejo de permanência, doença de que resultam imprevisíveis sintomas e efeitos secundários. O mais radical leva a que, num assomo de coragem, se abandone a civilização. O mais suave implica prolongados estados de melancolia e um sentimento crónico muito próprio das gentes lusas: saudade vitalícia.
Os 15 minutos de vôo que separam Moçambique do arquipélago são suficientes para uma transformação radical na paisagem. A África cor de terra desaparece, dando lugar a um azul indescritível e a um verde translúcido, vestidos pelo Índico consoante a profundidade das suas águas, dos corais que esconde ou dos bancos de areia que deixa descobrir. E é sem dúvida um novo mundo aquele que se descobre. Longe do turismo de massas e do cimento armado, com praias desertas e noites de silêncio estrelado, tendo por abrigo um céu maior que o mundo.

Todo o arquipélago de Bazaruto está classificado como Parque Nacional, usufruindo por isso de protecção especial pelas organizações World Wildlife Fund, Endangered Wildlife Trust e pelo governo moçambicano, que apenas permite a construção de dois resorts por ilha.

Comecemos pelo mais antigo, o Bazaruto Lodge, a operar desde há 13 anos na ponta Norte, tendo como máxima a valorização da simplicidade. Toda a estrutura – pouco mais de uma dezena de bungalows em madeira e colmo – enquadra-se bem na paisagem natural. Estrategicamente colocadas sobre as areias brancas com vista para o mar a perder-se no horizonte, as construções rústicas não dispõem de televisão, telefone, rádio ou outras mordomias menos condicentes com o ambiente selvagem da ilha. O objectivo é levar o viajante a abstrair-se dos hábitos diários e partilhar do melhor que a ilha tem para oferecer: as maravilhas de uma natureza selvagem, gastronomia simples, mas delicada e saborosa, à base de marisco e peixe fresco, e muita simpatia. É um 4 estrelas, com o "savoir faire" do grupo Pestana.
Seguindo uma política de implantação ecológica, mas substancialmente mais luxuosa e sofisticada, encontramos mais a Sul o Indigo Bay, constituído por cerca de vinte quartos em habitações normais e outros tantos bungalows debruçados sobre o mar. Dispostos entre a praia e um relvado colorido por magníficas buganvílias, estão equipados com ar condicionado, TV cabo, telefone, minibar e uma ampla varanda com vista diária para o pôr-do-sol. Apesar das diferenças, ambos os resorts oferecem na hora de adormecer o doce desmaio do Índico sobre a areia e, pela manhã, o chilrear estridente da passarada, escrupulosa na sua função de despertador matinal.

O descanso aqui é rei, principalmente porque o dia convida a inúmeras actividades que, se não permitem um momento de tédio, exigem boa forma e dão origem a um apetite devorador, saciado com mestria pelos chefes de cozinha em colaboração com o mar generoso de onde provém o peixinho e o marisco que fazem as nossas delícias. Mergulho, snorkelling, passeios a cavalo (estes só no Indigo Bay), de jipe, aulas de pesca, piqueniques na praia, no mar, sobre as dunas, na iminência de um pôr-de-sol inesquecível, ou mesmo encontros com crocodilos são comezinhas distracções do quotidiano. Percursos e experiências que, em momento algum, se assemelham a excursões barulhentas, mas sim a momentos de descoberta em convivência silenciosa com a cúmplice natureza, aqui na ilha parceira a tempo inteiro.

Resulta deste estatuto que Bazaruto, apesar constituir um dos lugares mais cobiçados pelos amantes da natureza e da boa vida, mantenha a beleza da sua paisagem natural intacta, ao longo dos seus 40 quilómetros de comprimento, e permita aos habitantes nativos preservar a sua cultura ancestral. São pouco mais de seis centenas (não chegam a 2500 em todo o arquipélago), provavelmente descendentes da tribo de pescadores Matsonga. Ainda hoje vivem do que conseguem retirar do mar, atravessando-o com redes, mesmo junto à praia, ou em pequenos dohws (embarcações típicas, movidas à vela e a vara) em busca de pesca mais grossa, como o marlim e o serra. Habitam em pequenas palhotas, mais ou menos próximas do mar, formando aldeias conhecidas pelo nome do chefe que lhes dita as leis. Vivem em outros tempo e ritmo. É tão provável que um dia, ao passar por perto, tentem comunicar consigo, como nem repararem na sua presença, permanecendo imóveis e absortos nos seus pensamentos. Na realidade, já assistem à chegada e à partida de forasteiros desde o tempo em que os árabes se serviam destas paragens para transaccionar marfim, pérolas e presas de rinoceronte.

À noite, faltando locais para onde ir, resta descansar (o dia começa e acaba muito cedo), ou então entabular conversa com os espíritos noctívagos que acabam, inevitavelmente, no bar dos resorts.

Onde dormir e comer
• Indigo Bay - Arquipélago de Bazaruto, Tel.: 00 258 23 91500/8, fax: 91510; http://www.indigobayonline.com/; Reservas pelo E-mail: mailto:reservations@raniafrica.co.zaou pelo tel.: 00 258 1 301618 (Maputo). Resort de luxo com 50 quartos (incluindo 24 chalets na praia e duas suites). Preços em quarto duplo standard, em regime de meia pensão, incluindo transferes no avião da Rani (capacidade: oito pessoas) a partir de 143 USD/por pessoa e por noite.
• Bazaruto Lodge – Não dispõe de telefone, pelo que as reservas devem ser feitas através do Rovuma Hotel em Maputo, pelo tel.: 00 258 1 305000 ou em Portugal através do 808252252, http://www.pestana.com/. Bungalows a partir de 232 USD (pensão completa).
Passeios
Os resorts organizam passeios de jipe e barco, actividades como mergulho snorkelling, pesca ou passeios ao pôr-do-sol no mar e nas dunas. O Indigo Bay proporciona ainda passeios a cavalo, óptimos para quem gosta de observar aves, e visitas à pequena ilha de Santa Carolina. Outra actividade inovadora consiste nos safaris marinhos, tendo o viajante todas as probabilidades de observar baleias, golfinhos, dugongos, espécie em via de extinção, e, quem sabe, tartarugas. É também possível ir até às ilhas de Magaruque e Benguerra mediante pedido prévio.
Para mais informações
Consulado de Moçambique em Portugal: Av. de Berna, 7, 1050-036 Lisboa, Tel. 217961672, 217973513, 217972734, 217972654Consulado de Portugal em Maputo: Av. Mao Tsé Tung, nº 519, Maputo, Tel.: 002581) 490150/ 1/

ps: Este artigo é dedicado à Ana Pedro, o rebento, nascido a 13 deste mês, do Pedro. Que a vida dela faça jus ao nome da rubrica, Mundos Sonhados. Tudo de bom, cachopa, e que tenhas melhor gosto clubista que o teu progenitor.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Sugestão de leitura 3


A sugestão de leitura deste mês, agora com caracter periódico e sempre no dia 10, coloca as luzes da ribalta sobre Gonçalo Cadilhe, um nome já conhecido entre os amantes de viagens, tal é a "inveja" que as peripécias deste licenciado em gestão de empresas provocam.

No seu primeiro livro, intitulado de "Planisfério Pessoal", são recolhidas as crónicas semanais que o autor enviava para o Expresso, publicadas ao longo de 19 meses. Gonçalo, lançado numa viagem à volta do Mundo, fazia questão de nunca utilizar o transporte aéreo. O resultado final não é uma simples colecção de experiências de viagem. Para lá de todas as peripécias do itinerário ou do contacto com sociedades exóticas, o viajante aborda questões tão diversificadas como a distorção das práticas de cooperação internacional, a indiferença cívica e activista dos portugueses ou a dívida histórica do capitalismo em relação à América Latina.

"Planisfério Pessoal" é ao mesmo tempo profundo mas divertido, informado mas despretensioso, crítico mas optimista, confessional mas reservado. E, fundamentalmente, um convite à viagem, à partilha da viagem e, de um modo geral, a desfrutar da vida de uma forma intensa e deslumbrada.

Fica um pequeno excerto, para colocar água na boca. Compre e delicie-se com paragens exóticas. Vai ver que não se arrepende. São mais de 33 fronteiras cruzadas e um sem fim de incidentes burocráticos. Imperdível!

"Belize é um país curioso: tem menos habitantes do que o Porto e menos território do que o Alentejo. As pessoas descendem de escravos de África, de índios do Iucatão e de piratas de Gales. É domingo, e da janela do autocarro vejo homens e mulheres altos, bonitos, com ombros largos, cintura estreita, rabos perfeitos. Caminham pela berma, muitos voltam da missa e estão vestidos com combinações de cores que um europeu nunca saberia inventar. Penso que devem todos dançar divinamente. É fácil defender que existem raças superiores, pelo menos existem ao domingo à tarde nas bermas das estradas do Belize.»

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Dicas de viagem


Depois do 11 de Setembro, tornou-se um lugar comum dizer que nada mais seria como dantes. No que diz respeito às medidas de segurança nos aeroportos, tem toda a razão de ser aplicado! O mais incauto dos turistas pode sofrer um enorme choque ao deparar com o fervor quase paranóico que as polícias de praticamente todo o mundo ocidental zelam pela segurança nos respectivos aeroportos. Assim, de forma a não ser apanhado desprevenido, aqui ficam alguns conselhos úteis, para evitar embaraços de última hora:

Líquidos só até 100 ml

A maior preocupação tem que ver com tudo aquilo que contenha líquidos, reconhecidamente a melhor e mais perigosa forma de fazer passar qualquer tipo de material ou produto ilegal. Desta forma, todos os líquidos terão de ser apresentados em frascos ou tubos até 100 ml, sempre colocados num saco de plástico com o máximo de um litro (aproximadamente 20 x 20 cm). E por líquidos entendam-se produtos como água mineral, perfumes, bebidas, loções, cremes, géis de duche, champôs, rímel, batom líquido, sopas, xaropes, dentífrico, sabonetes líquidos e desodorizantes, entre outros de consistência semelhante. O Pedro que o diga, pois o spray nasal dele fez a viagem até ao avião com destino a Londres bem acondicionado dentro de um saco de plástico, disponibilizado pela zelosa funcionária.

Compras duty-free

Despreocupem-se igualmente aqueles que pensavam não se poder dedicar às compras nos free shops. Podem fazê-las, mas não se podem esquecer de levar os produtos num saco transparente selado pelo vendedor, acompanhado da prova de compra, caso contrário ser-lhe-ão retirados. Neste caso, a experiência foi minha. Numa compra de última hora, o perfume adquirido na free-shop de Stanstead já veio dentro do saco de plástico da praxe, com a etiqueta da loja bem visível, comprovando a sua compra.

Na hora do embarque

Muita atenção devem ter as pessoas que necessitem de medicação ou que transportem comida para bebé. Quer uma quer outra também têm de ser apresentadas em sacos plásticos transparentes, sendo que os medicamentos necessários durante a viagem deverão ser acompanhados de uma receita ou de uma prova de compra. Para poupar tempo, convém igualmente deixar à mão e dar a conhecer desde logo todos os grandes aparelhos electrónicos, sejam eles um computador portátil, uma máquina fotográfica ou um leitor de DVD.Por último, saiba que a partir de Abril, e durante pelo menos os seis meses seguintes, o tamanho das bagagens de mão permitidas a bordo deverá ficar limitado a um máximo de 56 cm x 45 cm x 25 cm. "La memme chose". Neste caso, eu que ando sempre acompanhado de comprimidos (a minha hiponcondria não perdoa) optei por passá-los...à sucapa. Isso mesmo. Bem guardados num bolso interior de um casaco. Resultou.

Depois disto, só me resta mesmo desejar uma boa viagem...

ps: Não se esqueçam. Amanhã é dia de sugestão de leitura e dia 15 (próximo Domingo) surge uma nova rubrica - Mundos Sonhados - que pretende transportar o leitor até locais paradisíacos. Até já!

quinta-feira, 5 de julho de 2007

O guia da boa vida

Aqui está ele. A responsabilidade de ser o 1º guia da boa vida. Como referido anteriormente, o lugar de destaque vai ser dado a eventos culturais, sejam eles quais forem. Aqui, no Butão, China, Londres ou noutro lugar qualquer deste imenso planeta azul. Este mês de Julho, o destaque vai para:

dia 03 - O 13º festival Super Bock Super Rock prossegue no Parque Tejo, em Lisboa. Depois de um primeiro acto que trouxe até nós essa banda mítica - Mettallica - o 2º acto promete também muita e boa música, dividada pelos dias 3, 4 e 5. The Gift, Arcade Fire (a next big thing musical), The Jesus & Mary Chain, Scissor Sisters, Interpol, Underworld, Bloc Party e LCD Soundsystem. Um cartaz para todos os géneros, para agradar a um elevado número de pessoas. Elevado também é o preço pelo bilhete de um dia - 40 €. Se optar pelos 3 dias, fica a saber que tem que desembolsar 78 €.

dia 05 - Ainda no campo dos festivais, num dos géneros mais ecléticos de música, o Funchal é outro destino a não perder, apesar do Alberto João. Para os apreciadores de jazz, de 5 a 7 de Julho, nos Jardins da Quinta Magnólia, a oitava edição do Funchal Jazz vai contar com a presença do Madfun Group, do Nnenna Freelc Quartet, do Carlos Carli Quintet e de Ithamara Koorax, entre outros especialistas da matéria. 3 dias, 6 concertos, 30 €. Vá, vbre com a música e visite a Ilha. Vai ver que vale a pena.

dia 06 - Aqui bem perto dos nossos domínios, no Estádio Cidade de Aveiro, o dia 6 vai receber o primeiro concerto da sua história. A 1ª parte receberá a diva do fado, Mariza, acompanhada pela Orquestra Filarmónica das Beiras, regida pelo maestro Jaques Morelebaum. Finda a participação de Mariza, a Orquestra regressa ao palco, mas para acompanhar Gilberto Gil. Se pensava que era só isto, desengane-se. Haverá uma terceira parte, com todos reunidos em palco, que promete ser o ponto alto da festa. Quanto é que isto custará? Depende da comodidade pretendida. Relva=20 €; Bancada=25 € e Plateia=35 €.

dia 10 - Todos os verões, sem excepção, Nova Iorque espera pelo Lincoln Center Festival. Este ano, entre 10 e 29 de Julho, um dos centros culturais mais importantes de Manhattan apresenta um leque extraordinário de artes performativas oriundas dos quatro cantos do mundo.

dia 11 - Porque nem só de música é alimentado o espírito, aqui fica a sugestão para um roteiro diferente. De 11 a 14 de Julho, a Fundação Cupertino de Miranda, em Vila Nova de Famalicão apresenta uma exposição constituída por 55 obras do homem dos sete ofícios, Alfredo Margarido. Não acredita? Comece a apontar: poeta, romancista, ensaísta, tradutor, historiador, jornalista, antropólogo, sociólogo, professor universitário e pintor. Ufaa, até cansa só de ler. Será que ele tem tempo para dormir?

dia 22 - Norah Jones, Buena Vista Social Club, Mariza com Carlos do Carmo, Tito Paris e Rui Veloso, Gotan Project, Nouvelle Vague, Teresa Salgueiro e o Septeto de João Cristal são as atracções da quarta edição do Cool Jazz Fest, que tem lugar nos Jardins do Palácio Marquês de Pombal e Casa da Pesca em Oeiras, no Jardim do Cerco em Mafra e nos Jardins do Casino do Estoril, de 30 de Junho a 22 de Julho.

dia 23 - Último dia para aproveitar a exposição da World Press Photo, no Luxemburgo, mais precisamente no castelo de Clervaux. É lá que pode ver a apresentação das melhores fotografias de imprensa do último ano. E não, infelizmente nenhuma das nossas foi seleccionada.

Como vêem, muito por onde viajar. É uma questão de escolher o destino e abrir os cordões à bolsa.

ps: Não se esqueça. Dia 10, vai haver "sugestão de leitura". E é das boas...

domingo, 1 de julho de 2007

Estocolmo by Ana Melrinho

Estocolmo
Verão de 2004. Foi a viagem da minha vida? Não sei. É relativo. Gostei de todas. Recordo pormenores de umas, paisagens de outras, rostos que se cruzaram.

Mas Estocolmo, a capital da Suécia, foi diferente. Passei lá uns dias com o meu marido. Acreditem que é uma das capitais europeias que vale a pena visitar.
Tivemos sorte com o tempo e fomos abençoados com uns magníficos dias de sol e noites relativamente quentes. Engana-se quem pensa que não se pode bronzear em Estocolmo e tomar uns belos banhos de mar.
Assim que o tempo o permite, os suecos dirigem-se em peso para uma zona da cidade chamada “Kungsholmen”, deitam-se na relva de toalha e fatos de banho e tomam uns bons banhos de água de mar limpa – que infelizmente é algo que não se vê na zona onde vivo, Cascais.

O que eu acho mais fantástico e sinónimo de qualidade de vida, é estar a 20 minutos a pé do centro da cidade e poder nadar nas águas que a banham, sem qualquer problema de poluição.

Andar de bicicleta é uma prática corrente na cidade, tanto pelos suecos como pelos turistas que a visitam. Estocolmo tem pistas próprias para ciclistas por todo o lado, pelo que se torna fácil e seguro andar de bicicleta na cidade.

Aconselho-vos a alugar uma e a passar pela ilha “jardim” de Djurgarden ou pela zona balnear de Kungsholmen.



E já agora, não deixem de experimentar os doces tradicionais suecos. Recomendo o bolo de canela. Simplesmente deliciosos.

Só mais uma coisinha. Fiquei no Brunnen Hotel, extremamente acolhedor, bem situado – 10 minutos a pé e estávamos no centro – com paragens de autocarro e metro à porta.
Ana Margarida Melrinho, Parede

Leitora compulsiva de revistas de viagens, navega pela net apenas com 2 objectivos: profissionalmente e para pesquisar sites de viagens. Foi assim que a Ana descobriu o parece1fotoblog! E teve a coragem de ser a 1ª pessoa a participar no “Post do Viajante”! Esperamos que sigam o exemplo dela!!!!
Outras informações acerca da Suécia:

Idioma: sueco (mas não se preocupe com a dificuldade em entender a língua, porque em Estocolmo todos os habitantes falam um inglês perfeito).
Diferença Horária: +1 hora do que Portugal Continental
Indicativo telefónico: 00 46 8 (Para emergências, polícia, ambulâncias ou carros de bombeiros, o número de telefone é igual ao nosso - 112).

Moeda local: A moeda sueca é a coroa, cuja forma abreviada é SEK. O seu valor unitário corresponde a € 0,10Transportes: A melhor forma de circular em Estocolmo é de metro, autocarro ou bicicleta. O metro (Tunnelbana) tem cem estações em três linhas principais e quatro zonas, sendo que o centro da cidade está coberto por uma destas zonas, o que significa que pode circular por 20 coroas (cerca de € 2). Existem também passes de um dia, três dias e um mês, e senhas com desconto para 10 viagens no centro da cidade por 100 SEK. O metro funciona até à uma da manhã nos dias úteis e no fim-de-semana até às quatro da manhã.Os autocarros são azuis e encarnados e complementam a rede do metro. É uma forma económica de circular: por exemplo, um bilhete de suas senhas dá direito a 2 horas de utilização com número de percursos ilimitado. Vale também a pena andar de eléctrico, especialmente no percurso para Djurgärden (em algumas viagens são servidas bebidas). Perfeito para circular e fazer exercício físico são as bicicletas, já que Estocolmo tem uma boa rede de ciclovias. Saiba mais no site www.rentbike.com. Se quiser circular de táxi, tenha em atenção que, apesar de a maioria dos táxis estarem equipados com taxímetro, também existem free taxis, e neste caso tem que combinar o preço antes de iniciar a corrida. Pode também usar o seu cartão de crédito para pagar.

Museus e entretenimento: o preço das entradas nos museus de Estocolmo varia entre as 50 e as 70 coroas e estão abertos entre as 10 ou 11 horas e as 17 ou 18 horas, horário alargado no período de Verão. O dia de encerramento é normalmente a segunda- feira.
Sugerimos:
Vasa Museum Galärvarvet, Djurgården, autocarros 44 e 47, aberto diariamente entre 10 de Junho e 20 de Agosto.O famoso barco da Armada Sueca que se afundou na baía de Estocolmo e ali permaneceu mais de 300 anos, até que foi recuperado e completamente restaurado, merece uma visita demorada.
Museu ao ar livre de Skansen Djurgårdsslätten 49-51, autocarros 44 e 47; aberto de 1 de Setembro a 30 de Abril todos os dias. Parque natural e zoológico com reconstrução de casas típicas e representação de cenas quotidianas em trajes típicos. Artesanato do mundo rural.
Museu de História Com a magnífica Sala do Ouro; Narvavägen 13-17; autocarros 44, 47, 56, 69, 76; aberto de 3.ª a domingo.Palácio Real, Gamla Stan.Autocarros 43, 46, 55, 59, 76; aberto todo o ano e todos os dias. Às 12h15 começa o render da guarda com música militar.
Paço da Câmara Municipal (Stadshuset) Autocarros 62, 65. Aberto de 2.ª a 6.ª feira. São famosos os salões onde se celebram todos os anos os prémios Nobel.
Museu Nacional, Blasieholmskajen Autocarros 65, 46, 62, 76, 69; de terça a domingo. Obras de artistas suecos, Rembrandt, Rubens, El Greco, impressionistas franceses, etc.
Para saber o que está em cartaz de espectáculos e afins, consulte o guia oficial What's on Stockholm, disponível nos hotéis e grandes lojas da cidade.
Uma boa forma de aproveitar a parte cultural da cidade, é comprando o Cartão Estocolmo (Stockholmskortet): permite a entrada gratuita em mais de 70 museus e outras atracções, assim como nos autocarros, metro e comboios locais. Um cartão válido por 24 horas custa 220 SEK (€ 24); por 48 horas custa 380 SEK (€ 41,66); e por 72 horas custa 540 SEK (€ 59).)
Visitas com crianças: Repleta de parques e jardins, Estocolmo é uma cidade fácil para quem viaja com crianças. Eis algumas sugestões de passeio/actividades para os turistas mais pequenos:
• Gröna Lund (Djurgarden - tel.: 08-607 76 00). Um parque de diversões com restaurantes e várias atracções. Os adultos pagam para entrar 45 SEK, mas a entrada é grátis para as crianças com menos de nove anos. Está aberto entre Maio e Setembro.
• Junibacken (Djurgarden - tel.: 08-587 230 00) A casa da Pipi das Meias Altas e uma viagem pelos contos infantis de Astrid Lindgren. A entrada dos adultos custa 85 SEK e das crianças 60 SEK. Está aberto, nos meses de Janeiro a Maio e de Setembro a Dezembro, de quarta a domingo, entre as 10 e as 17 horas; e nos meses de Junho a Agosto, todos os dias entre as 9 e as 18 horas.
• Skansen (Djurgarden - tel.: 08-442 80 00). Parque com zoo, aquário, casas históricas (uma recriação da história e vida na Suécia dos séculos XVIII e XIX), minicomboio, entre outras atracções. O preço da entrada dos adultos é de 60 SEK e das crianças 30 SEK. Aberto, o parque e o zoo, em Maio das 10 às 20 horas, entre Junho e Agosto, das 10 às 22 horas, em Setembro das 10 às 17 horas e nos restantes meses das 10 às 16 horas, só encerra na noite de Natal. Os edifícios históricos entre Maio e Setembro, das 11 às 17 horas e nos restantes meses entre as 11 e as 15 horas.
• Toy Museum (Mariatorget 1C - tel.: 08-641 61 00). Um museu com centenas de brinquedos! A entrada dos adultos é de 40 SEK e das crianças de 20 SEK. Está aberto de Janeiro a 20 de Junho e de 3 de Agosto a Dezembro, de terça a sexta entre as 10 e as 16 horas e ao fim-de-semana do meio-dia às 16 horas; no período de 21 de Junho e até dia 2 de Agosto, o horário é o mesmo mas está aberto todos os dias.
• Children's rooms - O Kulturhuset (Sergelstorg 3, tel.: 08-508 314 00), um centro cultural no coração de Estocolmo, organiza várias actividades para crianças até aos 12 anos, em inglês e outras línguas, como por exemplo acesso a biblioteca, visionamento de filmes, leitura de histórias, entre outras. O espaço é gratuito, exceptuando o workshop de pintura que custa 10 SEK por participante. Está aberto todo o ano.
Excursões: A excursão de barco ao longo dos canais é uma das mais bonitas; sai dos molhes do passeio marítimo de Stralgatan, perto do Museu Nacional.Para ir ao Palácio de Drottningholm, navegando através da baía, toma-se o barco que parte do cais ao lado da Câmara Municipal de Estocolmo.
As subidas em balão oferecem panoramas estupendos, como as que são organizadas pela companhia Upp Ner com partida de Riddargatan 13 perto do Museu das Armas.
Para ir a Millesgärden, casa-museu do famoso escultor sueco nos arredores da cidade, é necessário tomar o metro de Ropsten a Torsvik e os autocarros 201, 202, 204, 205, 206 ou 212.
Onde ficar: O nível dos hotéis é em geral bastante alto; no Verão e nos fins-de- -semana costumam praticar preços com desconto. Para os amantes do campismo há também muitas alternativas.Existe em Estocolmo uma central de informações e reservas de hotéis: Hotellcentralen, tel. 00468-7892425; fax. 00468-7918666.
Onde comer: Den Gyldene Freden Österlanggatan 51, tel.: 109046; na ilha de Gamla Stan, especializado em cozinha sueca, sobretudo peixe.Källaren Diana Brunnsgrad 2, tel.: 107310; especialidades suecas.Butlers Rörstrangatan 11, tel. 321823; especialidades de carne.

Compras: Os produtos de artesanato em madeira ou vidro são os mais típicos que se podem encontrar em Gamla Stan, a cidade velha.O presunto de rena e o salmão fumado e as compotas ou cremes de arandos são os produtos comestíveis mais típicos e fáceis de transportar.
Para mais informações: Podem contactar a Embaixada da Suécia, Rua Miguel Lupi, 12, 2ºdt., 1249-077 Lisboa, Tel.: 213 942 260 ou os websites: www.stockholmtown.com; www.visit-sweden.com
PS: Todas as fotos são da autoria da corajosa, Ana Melrinho!