Reaberto em 2015, com a mesma Gerência

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Novidades

Procurando sempre mais e melhor para este blog, numa tentativa contínua de fidelização do maior número de pessoas, vai haver novidades por aqui. E já a partir de Julho. Queremos um blog dinâmico, onde a vossa opinião e comentários continuam a ser o principal aferidor do nosso trabalho. Porque, se inicialmente este blog surgiu por mero divertimento, tendo como pano de fundo o vício das viagens, o alento recebido por dezenas de opiniões aumentaram a nossa responsabilidade. Deixando-nos de preâmbulos, as novidades serão:

Dia 1 – “O post do viajante”. Aqui, a palavra é vossa. Inteiramente. Relatos de viagens, fotos de locais paradisíacos, peripécias em lugares longínquos, tudo nos interessa. Escreva-nos, pois o nosso mail já reclama da inactividade forçada.

Dia 5 “O guia da boa vida”. O título, ainda provisório, encerra no entanto aquilo que será esta secção. Concertos, festivais de música, peças teatrais, estreias cinematografias, museus com novas programações, tudo merecerá a nossa atenção. Cá ou por esse Mundo fora, a Cultura estará sempre em destaque, neste cantinho.

Dia 10 “Sugestão de leitura”. Revitalização de uma rubrica já existente, mas conferindo-lhe um carácter periódico. O único ponto obrigatório: o tema terá que tratar, sempre, de viagens.

Dia 15 “A viagem do mês”. É uma espécie de desvirtuamento ao código de honra do blog. Se pretendíamos, no início, falar apenas de locais visitados, ou por mim, ou pelo Pedro, rapidamente chegámos à conclusão de que os artigos se esgotariam em pouco tempo. Assim, a nova rubrica procurará falar de locais que mereçam a pena ser visitados, aqueles lugares que, de uma forma ou de outra, alcançaram já um patamar mítico. Fica desde já o aviso: os artigos serão acompanhados de fotos que, só nesta rubrica, não são da nossa autoria.

Dia 20 “O hotel do mês”. Um prolongamento da secção do dia 15. Num Mundo cada vez mais global, onde a sofisticação nas viagens já atingiu um ponto inalcançável para muitos dos mortais, os hotéis terão um lugar de destaque. Aqui. Pequenos ou grandes, imponentes ou familiares, muitos deles são actualmente obra do génio de arquitectos famosos. Procuraremos trazer aqueles mais arrojados, que mereçam a distinção de figurar no blog de viagens mais famoso cá da paróquia.

E pronto. Para já, é só isto. A ser cozinhado, mas em lume brando, a possibilidade de, a partir de Setembro, existir nova rubrica, provisoriamente intitulada de “a entrevista do aventureiro”. Um mero jogo de perguntas e respostas, a rostos conhecidos ou anónimos, mas que tenham algo em comum: a viagem efectuada a qualquer cantinho deste planeta.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Visitando Lourenço Marques


Continuando o nosso périplo pela capital moçambicana, outro local que merece uma visita demorada, é a Estação de Caminhos de Ferro, testemunha perene dos tempos áureos. O edifício, construído em 1910, teve uma assinatura que fez furor: Eiffel. As suas estruturas de ferro e os pilares em mármore permanecem, teimosamente, intactos. O interior exibe duas locomotivas a vapor originais. É nesta estação que partem os comboios para a fronteira do Zimbabwe, antiga Rodésia, e as cidades sul-africanas de Durban e Joanesburgo.

Importa reter algo que tenho esquecido de mencionar. Uma mera curiosidade. A cidade, baptizada de Lourenço Marques, deveu o seu nome ao primeiro navegador português a fazer o reconhecimento da região. Até finais do século XIX , a zona não passava de um mísero porto, disputado pela sua elevada localização estratégica por austríacos e ingleses. Quando, em 1898, se
descobre ouro em Wiiwatersrand e são estabelecidas ligações ferroviárias com a África do Sul, é que se transformou no entreposto mais movimentado da colónia, acabando por substituir a capital, até aí instalada na Ilha de Moçambique.

Voltando ao passeio, depois deste preâmbulo, nada melhor do que determo-nos no mais afamado restaurante da cidade, o Piri-piri, cujos churrascos se tornaram míticos. Aproveite para relaxar, observar quem passa, deixar os sentidos livres, para que estes possam absorver o máximo da atmosfera citadina. E é bom ver que, apesar de um colonialismo que deixou marcas, não existe vontade de renegar o passado. Perfeitamente integrados no quotidianos dos seus habitantes, mas longe de ostentarem o charme de outrora, restaurantes e pastelarias, cujos nomes se mantêm há décadas, continuam nos lugares de sempre. A pastelaria Continental, onde era hábito as colegiais pararem, depois de um dia de aulas (agradeço à minha mãe a paciência em recordar nomes, locais e pormenores), o Hotel Cardoso, com a sua fantástica vista sobre a Baía, ou o café-restaurante Costa do Sol, um dos mais antigos e emblemáticos pontos de encontro. Abriu portas em 1938, resistindo a todas as alterações políticas, à guerra civil e a restrições financeiras. Orgulhosamente, continua a apregoar a confecção do melhor camarão grelhado de…África (já estou a salivar).



Se juntarmos uma pratada desse petisco divinal a uma Laurentina (a mais popular cerveja de Moçambique) está meio caminho andado para a felicidade suprema.

Maputo tem também uma diversão nocturna afamada e diversificada. Vários bares e discotecas, onde prevalece a atmosfera e a música africana.

Não perca uma visita a um local que resume a diversidade de Maputo: a Feira Popular. É um legado dos tempos do colonialismo, atraindo sempre multidões desejosas de diversão e de…boa comida. Sim, os restaurantes são o principal chamariz da Feira, em detrimento dos carrosséis, algo periclitantes e em condições de segurança que deixam algo a desejar. E, se juntarmos aos aromas, uma boa marrabenta (dança de par muito lenta), então percebe-se o sucesso da Feira.

Como se deslocar

O conselho é óbvio: em excursões organizadas pelo hotel ou agência de viagem. Caso estas não existam, de táxi. A outra opção não é muito recomendável. Apesar de como disse acima, Maputo ser uma cidade relativamente tranquila, não abuse da sorte. Os “chapas”, o transporte público da capital moçambicana, são carrinhas de caixa aberta, que transportam o maior número de pessoas. Célebres por dois motivos: os numerosos acidentes que provocam, pelas elevadas velocidades a que circulam, e pelos furtos frequentes dos turistas que, ávidos de emoções fortes, nelas circulam. Se o fizer, por sua conta e risco, não leve nada nos bolsos, nem nada à vista ostensivamente caro, como por exemplo, máquinas fotográficas, câmaras de vídeo, etc.

INFORMAÇÕES ÚTEIS

Documentos necessários: Passaporte e visto de entrada, que pode ser pedido no consulado moçambicano em Portugal com o mínimo de cinco dias de antecedência (100 euros) ou no aeroporto à chegada a Maputo, na Direcção Nacional de Migração, por cerca de metade do preço, embora possa demorar algumas horas. Se pretender passar a fronteira até África do Sul ou Zimbabwe não se esqueça de pedir visto múltiplo.

Moeda: Metical, mas o dólar americano e o rand sul-africano são aceites em muitos locais. É recomendável que se leve dinheiro, uma vez que a utilização do cartão de crédito ainda não está vulgarizada.Câmbio: Um dólar equivale a 23 ou 24 meticais. Consoante o local.

Indicativo: 00 258 (Moçambique) + indicativo da cidade ou província, ou seja, 1 no caso de Maputo, 23 quando se telefona para Bazaruto e 72 para Pemba. As linhas em Moçambique estão congestionadas com frequência , pelo que se aconselha a utilização dos serviços da operadora internacional. O número é o 171 da Portugal Telecom.

Diferença horária: Mais duas horas do que em Portugal Continental.

Clima: Tropical, moderado a Sul. As temperaturas variam entre os 16º (mínimo) no Inverno a Sul e os 40º (máximo) no Verão a Norte.

Saúde: Antes de partir deverá marcar consulta com o seu médico de família ou mesmo fazer uma consulta do viajante, a fim de proceder à profilaxia da malária, doença grave e muito comum em Moçambique. Também deve ter as vacinas do tétano e da febre tifóide em dia e levar consigo spray antimosquitos e protector solar. Para evitar diarreias só deve beber água engarrafada, fruta descascada e evitar alimentos crus.

Quando ir: É preferível viajar fora da estação das chuvas, que se prolonga entre os meses de Novembro a Abril.TransportesA rede de transportes aéreos é razoável, mesmo dentro do país, se bem que dispendiosa. Os transportes ferroviários não dispõem ainda de uma estrutura credível e se optar por alugar automóvel deve ter em atenção a condição das estradas, as condições climatéricas e a existência de postos de combustível ao longo do caminho que pretende tomar. Deve transportar sempre água, alimentos, uma caixa de primeiros socorros e ter em atenção que a rede de estradas é muito irregular, principalmente no Norte.O transporte rodoviário urbano e interurbano está na maioria dos casos entregue a operadores semiprivados, sendo bastante demorado nos percursos mais longos.

Aluguer de viaturas: EuropCar (sr. Manuel Nunes) – reservas pelos telefones 00 258 1 466172/466182; 00 258 1497338 ou 00 258 82302833 (telemóvel); E-mail: europcar@virconn.com

Onde dormir• Hotel Polana, Av. Julius Nyerere, 1380, P.O. Box 1151 Maputo, Tel.: 00 258 1 491001/9, Fax: 00 258 1 491480; E-mail: res@polana-hotel.com.mz; http://www.polana-hotel.co.mz/.

Onde e o que comprar:Um dos melhores locais para comprar artesanato é a Praça 25 de Junho aos sábados de manhã, especialmente batiks e esculturas. Os melhores produtos frescos são encontrados no Bazar, na Av. 25 de Setembro, em frente do qual se encontra a casa Elefante, com uma variedade considerável de capulanas e tecidos tradicionais. No Centro Comercial Polana existe uma loja especializada em artesanato mais sofisticado e uma livraria onde poderá encontrar alguma literatura sobre Moçambique.

sábado, 23 de junho de 2007

Moçambique - vertigem africana


O que dizer de Moçambique, eu que sou um nativo daquela terra? Pois, parece – e é – uma tarefa hercúlea. Existem, na minha percepção, dois Países distintos, apesar do nome idêntico. A Moçambique colonial, num ideal romântico, que se esfuma nas brumas da memória, e a Moçambique actual. Entre ambas, uma diferença abissal. Mas será mesmo assim?

Em alguns aspectos, Moçambique continua a mesma. A simpatia das suas gentes, a beleza estonteante e hipnotizante das paisagens, a diversidade cultural continuam inalteráveis, quais guardiões de tempos passados, que teimam em ser perpetuados.

A Moçambique que fez furor, nas décadas de 50, 60 e 70, aclamada como o “tesouro do Índico”, continua a ostentar algumas dessas qualidades. Praias de areias brancas, banhadas por águas cálidas a perder de vista, cidades com traços de arquitectura colonial, que farão lacrimejar os mais saudosos, uma gastronomia que não se preocupa com as modernices chamadas colesterol, triglicerídeos e um estilo de vida descontraído, que provoca a inveja em qualquer ocidental. Tudo isto, exclamará o leitor que, tal como eu, tenha vivido lá?



Sim, apesar da pergunta nada ter de descabido. Independência moldada na violência, uma guerra civil fratricida, logo após 1975 e a sua independência política, que culminou apenas em 1992, poderiam deixar marcas. E deixaram. Apesar de tudo o escrito atrás. Nos pólos urbanos, apesar do sólido clima de paz, é bem visível a consequência nefasta do conflito armado. À primeira vista, os edifícios arruinados parecem as vítimas maiores dessa guerra insana. Mas uma análise aprofundada mostra que as cicatrizes da guerra foram mais profundas no tecido social. Mas este País refaz-se, apesar de tudo. Procura um futuro, tentando esquecer o passado. Abrem-se fronteiras, criam-se condições propícias para investimento estrangeiro no turismo. E Moçambique tem tanto para dar: Bazaruto, Pemba, tudo alvo actual da cobiça e codícia de empresários sul-africanos. Afinal, dizem que Moçambique é o Brasil…de hà 30 anos atrás.

Não é para menos. 2500 quilómetros de costa, banhadas por águas de prodigiosos tons de azul, dezenas de ilhas, rodeadas de corais, praias desertas, de areias finas, um clima que varia entre o tropical, a norte, e o subtropical, mais a sul, espaços privilegiados para a observação de aves e animais, florestas de vegetação exuberante. Chega para deixar qualquer um a salivar por uma ida?
Se juntarmos a isso as áreas protegidas, como o
Parque Nacional da Gorongosa (uma das minhas ultimas lembranças, no alto dos meus 7 anos, pouco antes de abandonar o País), o Parque Nacional do Niassa, a Reserva de Elefantes, o cenário é quase paradisíaco. Quase. Infra-estruturas turísticas, actualmente, são quase incipientes, à excepção de Bazaruto, um Eden na Terra.

E chegamos à capital. Também aqui a dicotomia entre duas terras. A Lourenço Marques de antigamente, colonial, cosmopolita, com as suas avenidas bordejadas de árvores, os seus Hotéis de luxo – onde pontificava o Hotel Polana, um dos ex-libris da cidade – o ritmo de vida letárgico, deu lugar a Maputo, sinal notório de uma independência pouco pacifica. Uma sombra actual da outrora bela cidade. "... a piscina do hotel, o fio de coqueiros e o pôr-do-sol ... essa era a forma como o mundo se ordenava ... quando existia o paraíso”. A frase resume tudo. Saída da imaginação de Francisco José Viegas, escritor, colocada na boca da personagem Miguel, no romance “Lourenço Marques”. Essa cidade já não existe. Esfumou-se. Agora, Maputo é uma cidade sobrepovoada. De bairros degradados. De pobreza extrema. Mas a esperança está lá. Nos rostos negros, nos sorrisos afáveis, no processo de reorganização levado a cabo. Bares, restaurantes e discotecas vão tentando a sua sorte. A cidade começa a respirar melhor, na sua multiplicidade de raças e religiões, vivendo em harmonia.

Locais a visitar

Deixe-se andar, perdido no tempo, visitando, sem rumo certo. Apesar da pobreza, do desemprego, Maputo é, ainda, uma cidade relativamente segura. Um dos locais emblemáticos, onde pode verificar a miscelânea de culturas e etnias que compõem a actual sociedade moçambicana, fica no Mercado Central, na zona da baixa, carinhosamente tratado por Bazar. Tal como os souks marroquinos, também a visita ao local promete sensações únicas. A profusão de cheiros, junto com as cores de especiarias, dos legumes, peixes e demais produtos, inebriam os sentidos. As vendedoras, trajando as capulanas, um vestido tradicional africano, emprestam ainda mais cor às bancadas.

Também os dumbanengues são sinónimo de agitação e vertigem. Em qualquer esquina mais movimentada da cidade, realizam-se estas feiras informais, ilegais, mas bastante populares. O termo significa “confiança nas pernas”, numa alusão ao melhor argumento que os vendedores ilícitos têm quando aparece a polícia: correr mais rápido do que eles.

Recomenda-se também uma visita ao célebre bairro de Xipamanine, com as suas casas aristocráticas e de estilo colonial, ainda intactas. A feira que se realiza aqui é distinta de todas as outras: a profusão de mezinhas, de mil e um feitiços remete-nos para outra dimensão, onde a medicina tradicional dita leis.


O incontornável Hotel Polana, símbolo do passado glorioso da cidade. Com uma vista privilegiada para o oceano Índico, tem um ambiente de sofisticação único na cidade. O edifício, concebido na década de 20, é um monumento ao esplendor da cultura europeia, na época em que a opulência ditava o bom gosto. Apesar do declínio verificado após 1975, o Hotel sofreu obras recentes de remodelação, continuando a ostentar, orgulhosamente, as cinco estrelas, que fazem dele um dos melhores hotéis do continente africano. Não se iniba com a monumentalidade e entre. Aprecie o hall em mármore, os jardins luxuriantes, onde pontificam os coqueiros e delicie-se com a cozinha requintada e com a sua pastelaria fina: chá com scones e o cozido são dois clássicos. Se puder e se quiser refrescar, dê um mergulho na esplêndida piscina.
ps1: Devido à extensão do artigo, optei por dividi-lo em duas partes. Maputo/Lourenço Marques ainda tem muito por descobrir. A publicar brevemente...
ps2: Já aqui foi dito e reafirmo-o novamente. Todos os textos são sobre locais já visitados, por mim ou pelo Pedro. O mesmo se aplica às fotos publicadas, salvo rarissímas excepções. E a foto do Hotel Polana é uma delas. Não é da minha autoria, tendo sido retirada do site oficial do Hotel. Não quis, num artigo sobre a capital moçambicana, deixar de fora um dos clássicos da cidade. Espero que me perdoem.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Take a chance on the "American Dream"


Voltando ao lado de lá do atlantico, aqui fica uma sugestão para quem tiver a possibilidade de ir passar uns dias para a zona de Nova Iorque - Atlantic City!
Situada no estado de New Jersey, é famosa pelos seus casinos, digamos que é a Las Vegas do lado Atlântico dos "States", e pelo BoardWalk, uma enorme zona pedonal que separa a praia dos hoteis, que se estende por mais de 6 kilometros. (Curiosidade: O BoardWalk foi inicialmente criado, não com o propósito de servir para as pessoas passearem, mas para evitar que a areia da praia entrasse nos hoteis).

Saindo de Nova Iorque, terão uma viagem de perto de 3 horas (de carro ou autocarro) para aqui chegarem... o que para os americanos até é uma viagem curta! Na minha opinião, Atlantic City merece uma visita. Se gostarem de jogar então, a visita torna-se obrigatória!
Mas Atlantic City (apesar de todos os caminhos irem dar à porta de um casino), não é só jogo! Pelas informações prestadas pelo centro de acolhimento aos visitantes (Curiosidade nº 2: quando se entra na cidade de automóvel, deparamo-nos mesmo à saida da auto-estrada com um "Welcome Center" do tamanho de uma qualquer àrea de serviço e abastecimento! Um local onde nos são fornecidas todas as informações acerca da cidade, atracções, alojamentos, etc, etc).
Aqui encontramos, segundo as brochuras, Spas, praia, restaurantes de luxo, vida nocturna, golf, desportos aquáticos, centros comercias, museus e uma infindável lista de atracções! Segundo eles: "Year round, day or night, whatever turns you on about a destination, Atlantic City's got it."
Uma das atracções mais divertidas será o Ripley's Believe it or not! museum - uma espécie de museu do incrível!
A nível de espectaculos por exemplo, neste momento o Show dos Abba está em exibição num dos casinos da cidade!
Jonh Mathis, Bob Dylan, The Beach Boys, Natalie Cole, Morrisey, LL Cool J, Diana Krall ou os Goo Goo Dolls são alguns dos artistas que têm concertos marcados até ao fim de Julho num dos casinos ou salas de espectáculo que aqui existem!
Outros factores que contribuiram para a fama da cidade foram o concurso para a Eleição de Miss América, que até 2005 foi sempre aqui realizado (desde então, mudaram-se para Vegas).
Alguns dos mais famosos combates de boxe de Mike Tyson tiveram lugar em Atlantic City.
Outra curiosidade acerca da cidade, é que as suas ruas deram o nome à 1ª versão do jogo Monopoly para os Estados Unidos.

Mas, sem dúvida que a maior atracção são os casinos! E nesse aspecto os americanos literalmente "dão cartas"! Toda a envolvência e o ambiente à volta destes casinos (e imagino que em Las Vegas também seja assim, mas em ponto grande!) é diferente daquilo que já vimos! Quase parece um parque de diversões para adultos! Todos os casinos têm uma temática especial que lhes serve de decoração e os transforma!
Se no Showboat parece que estamos em New Orleans, no Ceasars dominam as estatuetas romanas e as colunas de mármore, enquanto no Wild Wild West o tema é o velho oeste e a corrida ao ouro! Outra curiosidade é que, como existem diferentes casinos que pertencem aos mesmos proprietários, e normalmente são contíguos, existe a possibilidade de passarmos de uns para os outros pelo seu interior, o que é optimo em dias de chuva e de frio (e acreditem, aqui faz frio!!!).

Ah! Todos os casinos/hoteis, dispõem de magníficos restaurantes e onde o normal é o sistema de buffet! São +-15€ de "all you can eat", o que para os preços normais de Nova Iorque é uma autêntica pechincha! E o comer é bastante razoável!

Depois, bem, depois são como todos os casinos que conhecem, mesas de cartas, roletas e as famosas slot-machines! Mas o que mais gostei foi de andar por aqui e apreciar alguns jogadores inveterados, que certamente já aqui gastaram autênticas fortunas!!!!


Ah! Já sei, estão a perguntar-se se fiquei rico? Não, os 20 dólares que aqui gastei durante todo o dia não cresceram... mas também, quais seriam as probabilidades?







segunda-feira, 18 de junho de 2007

parece1fotoblog@hotmail.com

Devido a um lamentável erro de digitação, o link para o endereço de e-mail deste blog esteve, até ontem errado. Portanto, se nos tiverem escrito usando esse link (que abre uma janela do Outlook), toda e qualquer mensagem que tenham enviado perdeu-se para sempre...
Aquilo que vos pedimos, é que voltem a escrever-nos na certeza que desta vez o endereço está correcto!

Queremos também adiantar que começaram a chegar os relatos de férias!!! Esperamos que mais corajosos(as) se cheguem à frente brevemente!!!!!
Como alternativa a relatos de viagem, podem também contar-nos mais acerca da localidade e da região onde vivem!

Obrigado!

sábado, 16 de junho de 2007

Procissão de fé!


É um roteiro algo diferente daquilo a que estão habituados. Mais introspectivo, propício a momentos de meditação, ao encontro do Eu interior. Aproveitando as sugestões anteriores do Pedro, num daqueles fins-de-semana solarengos que devem estar prestes a aparecer, depois das visitas às praias enunciadas, deixe-se tentar. A pouco mais de um quilómetro da vila de Vagos, a cerca de oito da cidade de Aveiro e a uma dezena das praias que banham os concelhos de Vagos e Ílhavo, situa-se o Santuário da Nossa Senhora de Vagos. É um local aprazível, com laivos de paisagens campestres, convidativo à oração para todos aqueles que crêem na existência d’ELE.


A ermida da Nossa Senhora de Vagos apresenta-se cheia de história e tradição. Aliás, é difícil, nos dias de hoje, destrinçar onde começa a história e onde termina a lenda. Numa daquelas contadas à lareira, passando de geração em geração, até chegar aos dias de hoje, diz que perto da praia da Vagueira (e havemos de lá ir, um dia destes), naufragou um navio francês, dentro do qual existiria uma imagem de Nossa Senhora. Num esforço hercúleo, os homens rudes que compunham a tripulação, conseguiram salvar a imagem, escondendo-a nuns arbustos, junto ao areal. Os sobreviventes da desdita, dirigiram-se então a Esgueira, freguesia mais próxima na época, contando o sucedido ao Pároco. Este, acompanhado por inúmeros fiéis, procuraram proceder ao resgate da imagem, nada tendo encontrado. A partir daqui as narrativas divergem. Dizem uns que Nossa Senhora apareceu a um lavrador, indicando-lhe o sítio onde se encontrava. Este aprestou-se a construir aí uma Ermida, que perdura até hoje. Outros defendem a tese de que Nossa Senhora apareceu em sonhos a D.Sancho que, saindo de Viseu, onde se encontrava na altura, dirigiu-se ao local onde a imagem se encontrava, tendo aí erguido uma capela.

A devoção a Nossa Senhora de Vagos cresceu exponencialmente, à medida da atribuição de vários milagres. Um dos mais conhecidos, com repercussões nos dias de hoje, diz respeito a Cantanhede, que nos dias de então, sofria a miséria e a fome, resultado de uma seca de 4 anos, que tornava os campos improdutivos. Desesperados, os seus habitantes, numa derradeira tentativa, dirigiram-se em procissão à Senhora da Varziela, orando e elevando preces aos céus. Ouviram então um sino que tocava, para os lados do Mar de Vagos. Dirigindo-se para o local, rezaram na Ermida. A chuva, como que por milagre, derramou-se sobre as terras, pondo fim à seca brutal. (Moral da história: Senhora da Varziela – 0/Nossa Senhora de Vagos – 10. Goleada das antigas).
Desde então, as gentes de Cantanhede deslocam-se a Vagos em peregrinação (já tentamos de tudo, mas não nos livramos deles:)). Ainda hoje se realiza, anualmente, essa enorme manifestação de fé.

E, como diz Paulo Coelho, no seu O Diário de um Mago, "todos os caminhos são mágicos, se nos levam aos nossos sonhos".

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Do Porto ao Porto em Low Cost...

... Ainda no tema das Low Cost, ocorreu-me simular uma viagem pela Europa, para vos dar uma ideia mais precisa sobre o tema.

A pesquisa foi feita no dia 13 de Junho à noite, para um período de viagem de 1 até 14 de Julho e para vôos através da Ryanair, saindo e tendo como último destino o aeroporto do Porto (apenas porque é o que fica mais perto de nós). Os preços (com taxas) são para 2 pessoas mas não incluem o valor a pagar pelas bagagens nem um seguro que é proposto como opção. No que toca aos seguros e como estas viagens são sempre pagas por cartão de crédito convém que atentem nas regalias adicionais que o vosso cartão oferece pois há muitos que incluem um seguro de viagem quando o pagamento é efectuado através desses cartões.

Tentei programar as viagens para os dias mais acessíveis, não tendo no entanto feito disso condição indispensável. Aconteceu, por exemplo, optar por uma viagem um pouco mais cara por causa da hora de chegada ao destino ou por achar que estaria a "abusar" do número de dias no mesmo local. Claro que depois, cada um de vocês fará as suas opções.

Vamos então à viagem propriamente dita.

O percurso: Porto - Londres - Paris - Veneza - Barcelona - Porto


1ª Etapa (01 de Julho): Porto - Londres
Saída: 09:25 hrs
Preço: 98,24 €
Permanência em Londres : 3 noites
2ª Etapa (04 de Julho): Londres - Veneza
Saída: 11:25 hrs
Preço: 90,00 €
Permanência em Veneza : 2 noites
3ª Etapa (06 de Julho): Veneza - Paris
Saída: 20:45 hrs
Preço: 50,90 €
Permanência em Paris: 4 noites
4ª Etapa (10 de Julho): Paris - Barcelona
Saída: 13:35 hrs
Preço: 85,02 €
Permanência em Barcelona: 4 noites
5ª Etapa (14 de julho): Barcelona - Porto
Saída: 18:50 hrs
Preço: 52,82 €
Permanência: Até às próximas férias!!!!
E pronto, tudo isto por "apenas" 377,00 €. Para duas pessoas!
Claro que, nunca se esqueçam, a estes valores terão que somar as despesas de transporte entre os aeroportos e as cidades de destino e também, o alojamento, a alimentação e as despesas com as visitas e "souvenirs" para a família! Fazendo contas por alto, diria que no mínimo serão necessários uns 1500 € para 2 pessoas durante 15 dias (contabilizando também as viagens). Mas pronto, de certeza que ficaria sempre muito mais barato do que viajar pela TAP ou outra qualquer companhia regular!

quarta-feira, 13 de junho de 2007


A edição deste mês da Volta ao Mundo, revista que recomendo vivamente a todos que gostam desta temática, apresenta-nos uma reportagem com “60 viagens Low-Cost para as suas férias”(texto e pesquisa de Miguel Somsen).
Este post baseia-se nessa reportagem (portanto não se admirem se lerem aqui algumas coisas que lá estão escritas) mas a ideia é dar a minha (nossa) opinião acerca desta forma “alternativa” de viajar de avião!
Segundo a Volta ao Mundo, há algumas coisas que não se devem esquecer quando se pensa em Low Cost:
As reservas são feitas pela internet e pagas com cartão de crédito, as viagens Low Cost intercontinentais ainda não compensam, as saídas de Lisboa costumam ser mais baratas que no resto do país e os preços aumentam durante o verão.
Isto é tudo verdade, (como é óbvio…), mas há mais…. A primeira coisa que devem estar cientes é que que as Low Cost são como as outras, logo, o preço que aparece publicitado por aí quase nunca inclui as taxas, ou seja, a viagem nunca é a 1 cêntimo… é sempre a 1 cêntimo + Taxas! Parece que brevemente as companhias aéreas serão obrigadas a “abrir o jogo”…
Quanto às reservas pela net, bem, não se preocupem, não é nenhum bicho papão! E pelo que andei a ler, o futuro passa pelos e-tickets, não só a nível das Low Cost como também nas outras companhias, portanto os processos vão sendo cada vez mais seguros, simples e acessíveis. Em relação ao aumento de preços durante o verão… mais uma vez, aqui as low-cost são como as outras… épocas de maior interesse, é assim mesmo. Ah! Isto também se aplica em feriados e épocas festivas. O truque aqui será marcar com bastante antecedência, mas nem sempre isso é possível. Pode também acontecer que ao marcar “em cima da hora” se consiga um bom preço por serem os últimos lugares, este aspecto é o mais incerto neste tipo de viagens, porque até o número de pessoas para quem se marca a viagem pode fazer aumentar/diminuir o preço. Depois o Aeroporto de saída… aqui é necessário avaliar de que aeroporto pretende sair e fazer contas às deslocações casa-aeroporto-casa e aos preços das companhias Não – Low Cost.
Para além disto, há que ter em conta outra coisa, os voos Low Cost, principalmente para grandes cidades, servidas por mais do que um aeroporto, têm quase sempre como destino os aeroportos mais periféricos dessas cidades o que implica mais um custo, mais tempo que se gasta na viagem, etc, etc. Por exemplo para Londres, a Ryanair voa desde o Porto para o Aeroporto de Stansted. Daqui a Londres esperam-nos ainda 40 minutos de comboio ou 40 a 60 min de autocarro (também há autocarros Low-Cost!!)
Acima de tudo, para viajar em Low Cost, há que ter espírito Low Cost! Se querem lugar à janela e a família toda junta, têm que chegar com a devida antecedência, porque os lugares não são marcados. Refeições a bordo são pagas à parte… se viajam com malas de porão, também são pagas à parte (pelo menos em algumas Companhias) … Se nada disto vos incomodar muito… então, estão prontos para viajar!!!! E certamente irão poupar algum dinheiro! E se possuem mesmo aquele espírito low cost, fiquem a saber que já há várias outras opções por essa Europa fora! Desde hotéis a cruzeiros!!!!
Quanto aos destinos, a Volta ao Mundo sugere 60!!! De A a Z, desde Amesterdão até Zurique… Portanto, o que não falta é por onde escolher… Podemos dizer que fazendo escala em algumas cidades europeias, conseguimos chegar a qualquer lado! Não se esqueçam é de fazer as reservas nos hotéis, para não correrem o risco de dormir ao relento por falta de cama. Façam também uma busca prévia na Internet acerca do vosso destino, locais de interesse, etc, etc.
No nosso caso, as Low Cost são usadas para fazer viagens-relâmpago, ir num dia e vir no outro (das 9h às 9h) e deixamos o “dormir” para quando chegamos a casa! É uma outra forma de viajar! Desde que o tempo da viagem não seja superior a 2 – 3 horas já nos permite, à vontade, umas 12 horas na cidade destino, para explorar à vontade! Normalmente o nosso objectivo é fotografar as cidades, portanto este tipo de viagens é perfeito! Se pedirem muito, pode ser que na próxima levemos algum interessado!!!!

domingo, 10 de junho de 2007

Às compras

Fantástica, surpreendente, um ícone, a mais emblemática do Marrocos, encantada, encantadora, atraente, exótica...

Tudo serve para adjectivar Marraquexe. A cidade fundada no século XI fascina por tudo: pelas cores, pelos sabores, odores, pelo povo, pelos sons, pelos contrastes, pelo exotismo, pela arquitectura, pelo branco de neve, que paira, de forma diáfana, no horizonte, no pico das Montanhas do Alto Atlas.

Saindo da praça já apresentada no post anterior, deixe-se perder pelos souks, com a sua panóplia de produtos expostos, onde milhares de lojas e tendas vendem literalmente quase tudo. Lá, regatear é uma arte sublimada por décadas de experiência. E que arte. Caso não saiba, obedece a uma forma padronizada. Ela se desenvolve segundo regras de comportamento e percepção, bem mais complexas do que aquilo que imaginamos. Não se assuste com a insistência dos vendedores, com o facto de um tentar falar mais alto do que outro, pois nos souks, a sobrevivência do comerciante depende disso: de ser visto. Lembre-se apenas que está noutro País, onde gestos mais efusivos não significam o mesmo na nossa cultura. Se, pura e simplesmente, não quiser comprar mesmo nada, diga firmemente: “la shukran” (não obrigado).


Não deixe de viver esta experiência, que é uma das mais fascinantes que se pode ter em Marrocos. Um conselho: experimente o tradicional chá de menta, ou, se for mulher, deixe-se seduzir pelas tatuagens de hena (pintura corporal usada em tatuagens não permanentes, feita a partir da tinta extraída das folhas da planta com o mesmo nome).

Novo conselho: antes de entrar nos souks, sente-se numa das esplanadas circundantes à Praça Jemma El Fna. Assista, num local privilegiado ao mundo fervilhante que se estende à sua frente. Vendem-se comidas (Fritos, coração de vaca…), couros, blusões, pulseiras, pão, caracóis, especiarias, frutos secos, chã, tapetes, etc.
É um mercado amplo com espectáculos ao vivo, saltimbancos, ginastas, acrobatas, domadores de cobras ao som da flauta, macacos a posar para a fotografia, pessoas a tirar dentes na rua, outras a vender e matar galinhas, passeios a cavalo de Kalesh, sapateiros e engraxadores, talhos ambulantes, enfim uma outra dimensão, a que não estamos habituados.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Sugestões

A receptividade a este blog é um pau de dois bicos. Funciona um pouco como a história do copo meio cheio. Ou meio vazio. Alguns dirão que, no segundo mês da sua existência, pouco mais de 1000 visitas provam que o blog não é muito popular. Concordo. Mas vejo isto por outro prisma. Pelo do copo meio cheio. Temos, neste momento, mais de 50 visitantes diários. Sim, eu sei que parece um número irrisório quando comparado a outros blogues, de outras temáticas. Mas, na génese deste blog esteve apenas um ponto em comum. O gosto de viajar. O prazer de partir. Por isso, só por isso, neste cantinho onde contamos histórias, partilhamos momentos e mostramos locais, ter já um público fiel - poucos mas bons - que comenta, que opina, que critica, é muito, mas mesmo muito importante para nós. Este blog é um nicho. Sabemos que não podemos contentar todos, nem chegaremos às massas. Mas chegamos - ou pretendemos chegar - aqueles como nós, que adoram o tema viagens. Por isso, também este blog é vosso. Continuem a comentar, mas pedia-vos uma coisa: Sugiram! Isso mesmo, dêem sugestões, ideias que tenham, que pensem que possa melhorar o blog.


Fica o repto. Não para hoje, mas para quando quiserem. Nós agradecemos!

Marraquexe


















Não Jorge, ainda não é desta que vamos outra vez dar um "giro" por Moçambique. Um dia destes, com um pouco mais de tempo, prometo voltar ao tema. Até lá, aproveito para dar a conhecer mais um destino, já noutro continente. Marraquexe, cidade de Marrocos, situada no continente africano.

Marraquexe, uma das cidades das mil e uma noites, um lugar mítico e místico. Actualmente muito em voga em tudo o que é promoção turística, a cidade vai-se renovando, ao sabor da moda, transformando a paisagem ancestral numa atmosfera cosmopolita, repleta de fantasia.
Marraquexe é, antes de mais, uma cidade exótica, singular, onde os sentidos desempenham um papel primordial, rendendo-se ao espectáculo de cores, cheiros e sabores. É uma maneira única de viver. O rústico e o sofisticado, lado a lado, abraçados irmamente. O ar cosmopolita que convive com ruas de terra batida, paredes de adobo e mercados. E é aqui, nestes mercados, que a vida fervilha. Literalmente. Animação constante. É este o principal cartão de visita. A famosa praça de Jemma El Fna, às portas dos Souks.

Reminiscência do tempo em que os nómadas paravam no local, com os cofres cheios de preciosidades, todos os dias ao entardecer, milhares de pessoas juntam-se no local, numa verdadeira romaria de aromas e sons que não mais acaba. O ambiente é de delírio absoluto.
As pessoas e os cheiros, os sons, as cores, os cenários, uma envolvente que nos abraça sem cerimónias, que nos pede uma moeda, que nos oferece uma rosa, que quer regatear um tapete, que nos faz ficar assim, especados, a apaixonarmo-nos lentamente por um quadro e animado por sensações com sabor a fantasia.

O primeiro nome da cidade foi Marroukech ("vai-te depressa")... embora hoje em dia muitos visitantes ficassem aqui para sempre, entre os souks e as ruelas sombrias, bebendo chá de erva doce, escutando os seus músicos, aguadeiros, escritores, encantadores de serpentes, cartomantes, vendedores de bebidas ou saltimbancos na famosa, exótica e frenética Praça Jemaa el Fna.


Como disse Fernando Pessoa, “primeiro estranha-se e depois entranha-se”.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Para os que não vão para o estrangeiro...

Sensibilizado por tamanhos elogios ao post anterior, senti-me na obrigação de publicar mais um. Antes porém, tenho que diminuir as vossas espectativas... não é minha intenção fazer artigos de revista, apenas contar-vos como foi a minha experiência nos sítios por onde passei... é provável que cometa algumas falhas, que não fale de locais importantíssimos para a história desses países... mas o dinheiro é pouco, eu não vou a tudo e mesmo que fosse, podem ter a certeza que se não tiver gostado não os vou sequer mencionar! Portanto, esperem uns relatos melhores que outros, mas não subam muito a fasquia que nós não queremos decepcionar ninguém! E se pensarmos que a intenção inicial era muito mais divulgar imagens do que palavras, podem concluir que até já estamos a escrever muita coisa!
Adiante!

O segundo desafio de hoje era escolher um destino para vos falar... aqui é que a coisa fica mais difícil - Do alto dos meus 30 aninhos as viagens não foram assim tantas e portanto começam a faltar temas novos, mas a sobrar hipóteses para aprofundar os Destinos que temos vindo a introduzir...
Optei por não fazer nem uma coisa nem outra... consciente que há pessoas que não têm taxa de esforço para ir de férias ao estrangeiro ou que não terão disponibilidade de tempo, resolvi introduzir mais um destino nacional. Afinal de tudo, o que é nacional (às vezes) é bom! E como este ano é pródigo em feriados propícios a "pontes" tornando os fins de semana em mini-férias de 3/4 e 5 dias, parece-me uma boa opção... e sempre dá dá para espairecer!
Faltava só escolher o destino.... e aqui penso que o mais lógico será dar-vos a conhecer a nossa zona - Aveiro, Ílhavo e Vagos (sendo que esta, deixo para o Paulo, que tem mais competência na matéria).
Comecemos então por Aveiro - A Veneza portuguesa como também é conhecida, faz juz ao nome com os seus belíssimos canais que entercortam a cidade proporcionando aos visitantes fantásticos passeios pelas suas margens ou mesmo a bordo não de gôndolas mas do tradicional moliceiro, o barco típico da região, usado para a apanha do moliço - actividade hoje em vias de extinção.


Outro barco que também era visto por aqui era o Salineiro, nas formas parecido com o moliceiro mas de maior dimensão, e que era usado para transportar o sal desde as Salinas até aos armazéns de sal onde era posteriormente transformado. Com um pouco de sorte podem ainda ver algum destes exemplares.



As salinas são outro dos locais que merecem ser vistos, e se cá vierem durante o verão, é natural que consigam presenciar a extracção de sal.
Para quem é mais dado ao consumismo e gosta mesmo é de andar às compras, também pode vir sem hesitar, há por cá lojas de tudo e de mais alguma coisa, das mais baratas às mais caras e famosas!!!
A província (como gostam de lhe chamar os lisboetas) já não é o que era!!!!
Outros locais de interesse, são o Museu de Santa Joana, as diversas capelas e igrejas que datam desde o século 15, a Universidade, uma das melhores do país, a estação de Caminhos de Ferro e a sua magnífica fachada de azulejos... enfim, atracções não faltam!
No que toca à gastronomia, deliciem-se com os incontornáveis OVOS MOLES, seja "em bruto" ou como parte integrante de um qualquer outro doce. Não deixem de provar os pratos de peixe - estão na zona indicada!!!!!
Deixando Aveiro, não deixem de passar em Ílhavo, visitem o Museu Marítimo local (um dos melhores do país), deliciem-se com a Rota das Padeiras, onde podem provar o pão e os folares típicos desta localidade, e passem também na Vista Alegre - a localidade que deu o nome à fábrica e à loiça conhecida internacionalmente - passem na fábrica, visitem o museu, e se tiverem taxa de esforço... comprem uns cacos na loja! Ah! Também existe a loja das oportunidades... uma espécie de Outlet... para quem não tem tanto dinheiro!

Saíndo de Ílhavo, o destino seguinte são as praias! A da Barra e a da Costa Nova! A título de esclarecimento, e porque normalmente a informação que é transmitida é errada, estas duas praias pertencem ao concelho de Ílhavo... por muito que isso chateie a malta de Aveiro...
A 2ª, mais tradicional, com os seus palheiros típicos pintados de cores garridas... (infelizmente são cada vez menos)

Na minha opinião, a Costa Nova é mais interessante para passar o dia... a praia é mais pequenina e os diversos paredões em rocha proporcionam um abrigo natural ao tradicional e quase sempre presente, vento norte! Ah! Mas não se assustem com o vento, qualquer das esplanadas de praia tem pára-ventos para emprestar!!!!

Claro que a Praia da Barra também é muito boa para passar o dia, e então se se dedicarem aos desportos aquáticos... é optima! Surf, bodyboard, kite-surf, aqui pratica-se isso tudo!!!!

Não deixem de apreciar o magnífico farol; visitas é que já é mais difícil... se bem que durante o mês de Agosto, com as festas da cidade de Ílhavo, isso talvez seja possível!


Em qualquer uma destas praias a oferta gastronómica é variada, por isso não se preocupem que não passam fome! É só escolher!

Já para passar um bom bocado depois de jantar a Barra é de longe melhor que a Costa Nova! Cafés, Bares, Geladarias e Pub's, aqui há de tudo!!!!



Bom... resumindo, é uma zona que vale a pena, as praias não são as do algarve, mas também não são más, o comer é excepcional e as atracções bastantes!!! Portanto, venham, visitem, descubram, namorem, enamorem-se e... voltem!

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Tunísia

Como sabemos que nesta altura do ano a maior parte da malta anda a tentar decidir onde ir nas férias de verão, e como para a maioria, o orçamento não estica, vamos dar a nossa opinião acerca de um destino que se enquadra relativamente bem no reduzido orçamento para férias do português comum. A Tunísia.
Na maioria dos programas turísticos, a Tunísia é-nos proposta de 2 maneiras. O programa de 2 semanas, em que uma é passada a banhos e a outra é passada a viajar pelo país com incursão pelo deserto do Sahara e tudo! O outro programa é apenas de 1 semana e consiste principalmente em estar de barriguinha para o ar a apanhar sol.
Eu cá, porque o dinheiro não abunda optei pelo programa mais curto. Dos testemunhos que ouvi em relação ao programa longo, tenho que vos dar os seguintes conselhos:
1º - Preparem-se para passar a semana inteirinha a comer borrego.
2º - As temperaturas são altas, mas na zona sul, em pleno deserto, podem facilmente chegar aos 46-48 graus... por isso, se sofrem com o calor... não se metam nisso!!!!
3º - Para quem gosta de conhecer "a fundo" outros povos e outras culturas, e não se importa de viajar de autocarro na companhia de mais 10 ou 20 portugas... não é de deixar escapar esta oportunidade.
Posto isto, e porque eu não gosto de borrego, só me dou bem com o calor se tiver o mar por perto e de vez em quando me falta a paciência para aturar certos "tugas"... principalmente no estrangeiro, onde os nossos turistas infelizmente se fazem destacar... optei pelo programa de 1 semana, e prevendo alguma dificuldade em comer certas iguarías locais, fiz questão de viajar em regime de Tudo Incluído (para quem tem alguma dificuldade em "experimentar" comidas novas, é a melhor opção).
Posto isto, lá cheguei à Tunísia. O primeiro contacto, não é muito favorável, polícias mal encarados (no aeroporto de Monastir), e quando se chega à porta de desembarque é o caos! Imensos turistas, todos à procura do seu representante de viagens... Quando finalmente os encontramos, os artistas entregam-nos um número, a que corresponde o autocarro que estará lá fora à nossa espera. Quando saímos para o parque de estacionamento, é o CAOS-PARTE 2!!! Mais de 50 autocarros estacionados, nós com um papelito com um nº na mão, e os gajos baralham os autocarros todos!!!! Quando finalmente descobrimos o autocarro 34 estacionado na parte mais afastada, junto ao autocarro 26, começa a aventura de tentar entrar a bordo, porque os motoristas, que trabalham para a mesma agência de viagens, tentam distribuir a malta da forma que mais lhe convém, ignorando por completo a distribuíção que as guias tinham feito anteriormente. Se passarem por uma situação destas, não deixem de apreciar os motoristas tunisínos a dialogarem com os "tamancos" dos turistas espanhóis!!!! (Os nuestros hermanos, no que toca a falarem outras línguas... valha-me deus!!!).Depois disto tudo, lá se consegue seguir caminho, e com maior ou menor dificuldade, lá se chega ao hotel. eu cá, fiquei em Hammammet, no Hotel Riu Park El Kebir. Como a hora de chegada ao hotel já era um tanto tardia, e como nesse dia tinha chovido copiosamente, não tive a verdadeira percepção de como era o clima. No dia seguinte sim... lá tomei contacto com a temperatura às 10 da manhã - 42º!!! A àgua do mar a 30 e a da piscina a 32º!!!!! Garanto-vos, que suei por sítios que nunca tinha suado antes! Para quem goste de calor e praia, é o paraíso!!! O regime de T.I. torna-se particularmente util nestas situações, porque são necessários muitos líquidos! (Ah... a àgua não é grande coisa).

Para quem opta por ficar nesta zona, recomendo-lhes os seguintes passeios: O mercado de Nabul, localidade vizinha, local bastante pictoresco e onde se podem fazer grandes compras... e enfiar grandes barrtes também! A regra é sempre REGATEAR!!!!!! O preço nunca é o que está marcado!!!! Outro local imperdível, o centro de Hammammet e a sua medina, em todos os locais o comércio é rei, regatear a palavra de ordem e é também comum oferecerem-nos camelos, cabras, burros e cavalos em troca da nossa acompanhante feminina! Levem a coisa na desportiva!
Para um passeio nocturno, Yasmine Hammammet... a nova Hammammet, costruída à 6-7 anos, é um novo complexo, formada por luxuosos hotéis de 4 e 5 estrelas, parque de diversões aquático e com uma Medina nova que reproduz as antigas (ao bom estilo da SONAE). É a Vilamoura lá do sítio e para além dos turístas, é habitada pelos Tunisínos RICOS!
Ah! Já me esquecia! Como é normal nos países muçulmanos... também aqui, 5 vezes por dia se cumpre o ritual dos patinhos! "Cabeça para baixo, rabinho para o ar!" Lá se viram para Meca e toca a rezar!
Não contem visitar nenhuma mesquita... eles não deixam...

Para mim, há mais 3 locais que são de visita obrigatória, e que se fazem no mesmo dia.
A Capital, Tunes, cheia de história, com uma medina enorme, tenham muito cuidado para não se perderem do guia turístico... apesar da generalidade das pessoas serem simpáticas, confesso que imaginar-me perdido naquela medina é um pouco assustador! É interessante também constatar que a cidade está dividida por uma Avenida... de um lado temos a parte antiga, do outro, parece uma qualquer capital europeia, com edifícios modernos e altos! É o espelho de um país, que não se querendo desligar do passado, procura uma aproximação ao Ocidente como forma de evoluir.
As ruínas de Cartago! Foram outrora uma enorme estância termal, têm uma dimensão colossal! É impressionante constatar que aquilo que resta hoje em dia não eram mais do que os locais onde trabalhavam os escravos... nas caves do complexo... tendo essa noção, podemos extrapolar o que seria a parte "de cima"... impressiona! Paredes meias com as ruínas de Cartago, fica o palácio presidencial! Cuidado! É proibido fotografar!!!! Guardas armados, câmaras de video-vigilância...
Bem perto daqui, fica o 3º e ultimo local de paragem obrigatória.
- SIDI BOU SAID -

Tem a reputação de ser uma cidade de artistas, é caracterizada pelas suas portas e janelas azuis em casas de fachada branca. Dizem por lá que o azul afasta as moscas... Não sei se é verdade ou não... Pelas paredes, crescem trepadeiras junto às janelas que servem para dar às casas um perfume natural. No café mais alto da cidade, onde podem encontrar as únicas 2 portas que não estão pintadas na tradicional cor azul, podem disfrutar de uma paisagem magnifica enquanto saboreiam um chá de menta com pinhões! Oferecido pelo guia turístico! é uma experiência do catano! Chá a ferver, com + de 40º C!!!!!!!
Por fim... não se espantem por verem os cafés cheios de homem a fumarem a tradicional "Chicha" - Aqui é mesmo assim, as mulheres é que trabalham, eles, malandros como umas casas, passam o dia a beber chá e a fumar, inclusivamente, chegam a levar umas esteiras debaixo do braço, e passam as noites na rua, a dormir nos passeios, nem a casa vão! E isto ninguém me contou... eu vi!!! É sem dúvida uma cultura diferente, mas vale a pena visitar!

sábado, 2 de junho de 2007

Só para quem não tem vertigens!

Já aqui se falou da London Eye, essa excêntrica criação que alterou por completo o horizonte londrino. Agora, o leitor(a) pode ter as mesmas sensações de quem se atreve a desafiar as alturas. Recoste-se no sofá. Aprecie a vista. É monumental. Alguns dos principais ícones londrinos estão ali, ao alcance da visão. Espero que goste da viagem...