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quarta-feira, 30 de maio de 2007

Sugestão de Leitura 2


Procurando alargar, de alguma forma, os vossos horizontes limitados (eh eh eh), aqui fica mais uma sugestão de leitura, com o tema viagens em pano de fundo. O autor é sobejamente conhecido, não fosse ele um acérrimo defensor da causa portista (Bibó Porto, carago), um comentador isento e polémico, sem medo de opinar sobre o que quer que seja e um escritor. Todos devem estar recordados do seu grande êxito (se calhar estou a ser demasiado optimista, num País com os níveis de iliteracia como o nosso), brevemente transposto para a grande tela, o EQUADOR. Mas não é sobre esse monumental e fascinante romance que vos venho falar. A obra em destaque, aqui nas sugestões de leitura, é o SUL, que o próprio autor descreve da seguinte forma:

"Este é um livro de viagens, um livro de alguém que, como nos sonhos de infância, teve a sorte de partir tantas vezes com pouco mais que um saco de viagem e uma máquina de filmar ou de fotografar. (...) Nem sempre viajei para sul, mas nada vi de tão extraordinário como o sul. O Sul é uma porta de avião que se abre e um cheiro inebriante a verde que nos suga, o calor, a humidade colada à pele, os risos das pessoas, o ruído, a confusão de um terminal de bagagens, um excesso de tudo que nos engole e arrasta como uma vaga gigantesca. Apetece fechar os olhos, quebrar os gestos e deixar-se ir. Mas é justamente neste caos que eu procuro a lucidez do contador de histórias."
E o Sul, para Miguel, fica em paragens tão longínquas como exóticas. Ao sabor do virar a página, embarcamos em aventuras em Marraquexe, sentimos o calor tórrido do Egipto, com as pirâmides como testemunhas seculares de eras grandiosas, navegamos na Amazónia, sonho esquecido do Mârques de Pombal, damos uma saltada ao Nordeste Brasileiro, procuramos raízes comuns em Cabo Verde, deslumbramo-nos com a exuberância da natureza em S.Tomé e Princípe. Calcorreamos Mundo, sem sair do mesmo lugar, transportados pelas palavras de um verdadeiro contador de histórias...

1 comentário:

Anónimo disse...

E é o que ele é, um grande contador de histórias. Se o Equador é uma obra-prima, tocante, comovente, a facilidade com que ele se desdobra nos vários géneros é reveladora do génio. Puxa, até pareço uma critica literária:)
É uma excelente escolha. Já o li, tenho-o e ainda o folheio às vezes. Ficou-me uma frase na memória. Quando ele está numa esplanada, em Roma, com a mãe, a saudosa poetisa, e ele impaciente porque quer ver coisas e a mãe diz-lhe: viajar é olhar! Para mim diz tudo. Mais do que monumentos, museus, etc, o que interessa é lá estar, sentir uma terra, uma cidade, um local.
E adivinhem lá os meninos qual é o meu provável destino de férias?
Pois, só podia. S.Tomé e Principe. E levo os dois livros comigo, pois ambos falam, e com paixão, dessas ilhas encantadoras.

Beijos